terça-feira, 27 de maio de 2008

Propaganda

Não sou de fazer propaganda de outros blogs. No máximo da Primeira Dama e de amigos. Mas o blog Adote um gatinho é sensacional! Além de toda a dedicação e amor que esse pessoal tem aos bichanos, tem muitas histórias engraçadas sobre eles.

Só espero que se eles me visitarem, eu não receba um processo pelo que fiz com a Funny.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Risadas no bosque

Aqui no meu trabalho, todo dia após o almoço costumo sentar em algum banco localizado numa área arborizada com alguns colegas e ficar matando o tempo. Invariavelmente sempre estou acompanhado do grande Ricardo e mais alguém. Hoje, essa terceira pessoa (doravante denominada PESSOA FÊMEA ou PF) estava inspirada e soltou algumas pérolas. A seguir, as melhores partes da conversa:

PÉROLA 01:

PF: Meninos, vocês estão ouvindo as batidas das borboletas?

Ricardo e Luciano: ????????

PF: As batidas! Os barulhinhos das asas das borboletas... escuta!!!!

Luciano: PF, você usou drogas pesadas no final de semana? Borboleta não faz barulho!!! Cachorros, galinhas, gatos, os micos fazem barulhos, emitem sons.... borboletas não tem som!

Ricardo: Minhoca também faz barulho!!!

Luciano: Tem razão, mas depende da minhoca... mas tenho certeza que tem minhoca que produz som!!!

PÉROLA 02:

Luciano: E ai PF, o que você fez de bom no final de semana?

PF: Fui passear em Taubaté com duas amigas.

Alguém não identificado: Amigas?? Solteiras?? Bonitas??

PF: Uma é viúva e a outra casada.

Luciano: Viúva? O que aconteceu com o marido dela?

PF: Ele morreu!!!

Ricardo e Luciano: ???????????

Ricardo: Pô PF, dessa vez você pegou pesado.

PF: ?????????

Luciano: *&$@@!!!!!! PF, a palavra viúva já diz que ele morreu, quero saber do que!!!!!!

PÉROLA 03:

PF: Ouviu o barulho das borboletas???

Eu pego o celular e faço reflexo na roupa da PF.

Luciano: O barulho está só na sua cabeça. Esse reflexo também faz barulho?

PF: Lu, para com isso. Pode me queimar!!!

Luciano e Ricardo: ??????????

PF: Vocês não sabiam que se pegar um espelho e apontar pro sol, ele concentra os raios e pode te queimar?

Ricardo: PF, isso de queimar não acontece com uma lente de aumento????

PF: Isso!!!!!!! Mas pode queimar né?

Luciano: &#@!!!! PF, você está *%@ hoje!!!!!! O espelho reflete, ele não concentra a luz.

Silencio enquanto PF reflete sobre o que eu falei.

Luciano: Por acaso você não pensou em um espelho côncavo?

PF: Côncavo???????

Ricardo: Lu, vamos embora.... tá difícil.

Boquinha Noturna

00:30. Final da noite de domingo ou inicio da madrugada de segunda. Já estava na primeira hora de sono, deveria estar sonhando com macacos gerenciando grandes projetos, galinhas apagando incêndios, assassinatos no jogo The Sims ou com o excelente feriado que tive.

Começo a ouvir uma campainha bem baixa numa zona do meu cérebro que havia se desligado há pouco. A tal campainha ficou mais alta e real, alguns palavrões vieram na minha cabeça quando pensei que já poderia ser o celular me acordando. A campainha continuava, agora lembrando vagamente o interfone do meu apartamento, olhei no celular e eram 00:13, pensei em diversas coisas entre elas a revolução dos eletronicos.

Os palavrões do parágrafo anterior saíram da minha cabeça e vieram para minha boca enquanto levantava da cama, cambaleava em direção à cozinha para silenciar aquela sinfonia infernal e injusta. Passei pela sala, meu pé enroscou no carregador do telefone, que saiu voando para algum canto ainda não identificado da casa.

Cheguei no interfone e atendi. O porteiro falou alguma coisa em algum dialeto secreto dos porteiros-de-plantão-após-as-00:00, respondi com alguma interjeição monossilábica de ódio e na sua réplica, o porteiro me disse que o moço da pizza estava na portaria. Afirmei que o cara da pizza tinha se enganado.

O porteiro pediu um minuto, ouvi uma conversa no seu dialeto especial com o tal moço, silencio e finalmente a ligação volta pra mim: “Seu Luciano, o moço ta dizendo que é da pizzaria Nena Campinesa (foi o que entendi) e que o pedido é para o Rogério do apto 75”. Lembrei o porteiro que moro sozinho e que não tinha nenhum Rogério aqui. Recebi um gentil pedido de desculpas e voltei pra cama.

Conclusões: 1. Perdi o sono; 2. Descobri que tem uma pizzaria que fica aberta até tarde, resta traduzir do dialeto do porteiro e descobrir qual; 3. O tal Rogério deve estar com fome e reclamando da pizza que não chegou; 4. O telefone da Livre está perdido em algum lugar; 4. A semana começou a poucas horas, será isso um prenuncio?

Boa noite!!!!!

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Erdinger Dominical

Janeiro de 2007. Domingo à tarde, um sol de rachar, perfeito para um chopp com os amigos. Perfeito para olhar o caos dos aeroportos sentado no sofá de casa. Mas como sou sortudo, adivinhem quem me esperava na porta de casa? O motorista da empresa. Estava indo para Aracaju com o Matheus, um colega do trabalho. Por sinal, só o Matheus já daria um post. O cara viaja tanto quanto eu só que tem um detalhe: ele morre de medo de avião.

Chegamos em Guarulhos e descobrimos que o nosso vôo estava com cinco horas de atraso. Resolvemos almoçar no restaurante On the Rocks, onde apresentei a Erdinger para o Matheus. Estávamos de frente para uma televisão da Infraero acompanhando o nosso vôo, quando estávamos na segunda Erdinger quando a TAM confirmou o embarque para perto das 15:00. Ainda tínhamos mais quase três horas de espera, ou cerca de cinco Erdingers para cada um.

Por volta das 13:30 o Matheus começa a ficar nervoso, apesar do nosso vôo estar indicado na televisão como “Checkin Aberto”. Falei pra ele relaxar, quando mudasse para “Embarque Próximo” pediríamos a conta e com muita calma nos deslocaríamos até o portão de embarque, afinal eu estava de muletas. Mas não consegui mudar a cabeça do meu colega, ele queria ir para o portão de qualquer forma. Tentou me comprar com a promessa de uma latinha quando chegássemos e teve sucesso.

Senti o gosto da vitória quando chegamos no portão de embarque, ele estava quase vazio. Olhei para o meu amigo e falei que se não fosse a pressa dele, estaríamos bebendo uma Erdinger. Ele não se conformou com a derrota e foi no balcão da TAM perguntar da previsão de saída, voltou branco como cera e já entrando em desespero me disse que o embarque já tinha encerrado. Fui correndo no ritmo das muletas até o balcão para confirmar a história.

A moça disse que o embarque já havia encerrado, a porta fechada, o finger retirado e que portanto não existia a possibilidade de embarcar naquela aeronave. Eu mostrei a televisão da Infraero aonde o nosso vôo continuava como “Checkin Aberto”, como eu podia adivinhar que estavam embarcando? A moça disse que não podia fazer nada, que o avião estava fora do finger. Numa última tentativa desesperada, eu mostrei as muletas, aleguei que não podia correr e aleguei que as informações da televisão eram de responsabilidade da empresa aérea. O Matheus estava a ponto de surtar.

A moça disse que iria entrar em contato com o comandante e verificar a possibilidade do nosso embarque. Momentos intermináveis de tensão e finalmente ela avisa que poderemos embarcar. Agora ela tinha que procurar o operador do finger, que demorou mais uns longos e torturantes minutos para chegar.

A porta foi aberta e não fomos recebidos com o costumeiro sorriso de boas vindas da comissária, ela nos dirigiu um “boa tarde” mais frio que a Erdinger tomada a pouco. O avião estava lotado exceto pelos nossos assentos. A medida que avançamos no corredor a horda de passageiros irados com o atraso nos dirigiam os mais diversos palavrões e insultos. Com certeza fomos eleito os culpados pelo atraso na saída do vôo.

Com as nossas orelhas vermelhas, sentamos em total silêncio. Quando começou o serviço de bordo pedimos amendoim e cerveja. Recebemos o amendoim e estamos esperando até hoje pelas duas latinhas. Acho que até as comissárias estavam bravas com a gente, mas foi sacanagem misturar o lado pessoal com o lado alcoólico.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Iniciando a semana

Ontem à noite cheguei de São Paulo, passei em frente a uma academia onde tinha uma promoção mensal. Fiquei todo empolgado pensando na oportunidade de iniciar uma vida nova, largar o ócio, acabar com a barriga de cerveja.

Hoje acordei as 6:00, liguei na academia e confirmei a promoção. A moça disse que era só passar lá, marcar a avaliação física, deixar o cheque e começar a treinar. Procurei por um talão em meio ao Império do Mal, o buraco negro da gaveta do meu criado mudo. Sim, existe um buraco negro por lá. Toda vez que procuro alguma coisa que guardo ali (passaporte, carteira de trabalho, holerit, remédios, etc) ela simplesmente desaparece, voltando a se materializar algumas semanas depois.

Achei o talão de cheques sem muita dificuldade, que maneira linda de iniciar a semana. Fui tomar um café rápido e tive a impressão que a revolução dos eletrônicos está sendo debelada, já que a cafeteira, a torradeira, o chuveiro e a SKY se comportaram de maneira excepcional. Fiquei feliz com esse ato de boa vontade dos eletrônicos, planejei voltar cedo pra casa e dar uma geral com mais boa vontade.

Cheguei no carro e fui colocar a mochila com o notebook no porta-malas. Até pensei em deixar a mochila no banco de trás ou abrir o porta-malas sem a chave (por dentro do carro). Mas fiz o mais fácil e fui punido, abri com a chave. Coloquei a mochila, quando fechei a chave escapou e caiu num buraco da calha do estacionamento do meu prédio.

O buraco é pequeno, tem cerca oito centímetros de diâmetro e a minha mão não entra, então descartei pegar a chave sem ajuda. Podia usar uma criança ou uma anão para fazer o serviço, mas não tinha nenhum dos dois disponíveis no momento. Podia pegar um arame e pescar a chave, mas não conseguia ver a chave já que a tal calha é funda. Fui na portaria, expliquei a minha façanha e pedi ajuda.

O porteiro era novo e disse que tinha que perguntar pra sindica o que fazer. Eu pensei em diversas respostas mal educadas sobre o que ele deveria fazer, mas como eu não tinha saída fiquei quieto. Sugeri com muita calma que ele me ajudasse a tirar aquele pedaço da tampa, para pegar a chave, mesmo assim ele perguntou para sindica. Depois de uns vinte minutos estava com a chave na mão, apertei o botão do alarme para ver se a água não tinha afetado o controle e adivinhem o que aconteceu....

Absolutamente nada!!!! O controle morreu. Ainda bem que o carro estava destravado e consegui levar a um chaveiro pra ver se fazia o controle renascer das cinzas, ou melhor da água. O cara trocou a bateria, tudo voltou a ser como antes e fui trabalhar.

Boa semana a todos!
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domingo, 18 de maio de 2008

Momento Rubens Edwald Filho

Não sou um grande crítico de cinema. Na verdade meu gosto para sétima arte (quais são as outras?) é bem tosco, como quase tudo que me cerca... Qualquer filme com ciganos e/ou macacos são dignos de Oscar.

Nessa linha de pensamento, o filme Snatch – Porcos e Diamantes é perfeito: além de ciganos cuja fala é mais incompreensível que a minha, ainda tem o cachorro que come um porquinho de plástico e passa o filme apitando toda vez que late. Receita fácil para risadas.

Ontem fui assistir Speed Racer com a Carol. Filme muito legal, mas achei perigoso. Ele é muito colorido e tem mudanças de cena rápidas, tenho a impressão que vai provocar ataques epiléticos como aqueles desenhos japoneses. O melhor do filme é o macaco Chim Chim (Zéquinha na língua de Camões), inclusive teve direito a cenas exclusivas no final do filme, junto com os letreiros. O melhor foi saber que ele mordeu alguém da produção durante as filmagens.... Vou ficar triste se o macaco não for indicado a nada no próximo Oscar.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Pérolas de Paraty

Adoro a cidade de Paraty – RJ como adoro Erdinger: uma coisa boa que você não pode ter acesso todos os dias. Viajei diversas vezes para lá, com meu irmão e o Juliano, com ex-namoradas, com o Cazimiro e a Cris e principalmente com o Roberto “O Velho” Perna e o Dirk Ulott.

O Perna é uma entidade antiga e de bom coração, oriunda da época pré-histórica que tive o azar de sentar ao lado no primeiro dia de aula da faculdade e escolher como amigo, maldição essa que persiste até os dias de hoje. O Dirk é um dos caras mais altos e retardados que já conheci, infelizmente depois de 1999 ele foi abduzido e não tivemos mais notícias dele.

Nos próximos post alguns “textículos” baseados em histórias – infelizmente – mais reais do que eu gostaria. Nenhum animal foi molestado durante as histórias, quase nenhuma lei vigente no país foi quebrada e não houve prejuízo moral ou financeiro a terceiros reclamado até o presente momento.

O Mangue

Estava vagando com o Perna nas areias da praia de Jabaquara, carregando nossas latinhas de... adivinhem, conversando sobre a vida, sobre a origem do universo, sobre as plantas e os animais. Minha cabeça estava vagando em meio a todos estes importantes pensamentos. A cabeça do Velho estava vagando em pensamentos do mal, em como prejudicar o próximo.

No final da praia tem um mangue, ele estava disfarçado de praia, coberto pela areia. Não estávamos andando em direção ao mangue, mas o Perna do alto da sua maldade foi desviando o curso do nosso caminhar em direção ao atoleiro. Eu continuava imerso nos pensamentos inocentes e puros. Nem notei que à medida que avançávamos, meus passos afundavam cada vez mais na “areia”.

Avançamos mais alguns metros, o Velho me empurrou e eu afundei uma das pernas até o joelho. Fiz uma cara misturando raiva e pedido de ajuda, olhei nos olhos da Múmia e supliquei por uma mão amiga. Recebi toda ajuda que podia esperar dele, um pulo pra acumular eneriga e cair com as mãos no meu ombro. A perna que já estava atolada acabou de afunda até perto da cintura, a outra afundou só até o joelho.

Olhei para ele, ri, xinguei, ri, pedi ajuda, ri, pedi minha cerveja que estava fora do alcance, ri, xinguei e ri mais um pouco. O Velho se contorcia de tanto rir. Um caiçara que passava por ali parou para ver a cena ridícula. Eu afundava e me sujava cada vez mais, na inútil tentativa de sair daquela armadilha. Supliquei mais uma vez pelo apoio do meu amigo e ele não fazia outra coisa a não ser rir.

Depois de ficar completamente coberto de lama, de ser alvo das risadas de um caiçara desconhecido, de ter visto o conteúdo da minha lata de cerveja ser perdido para as areias, consegui me libertar da minha prisão.

Nos próximos dias ainda encontrei lama do mangue em lugares que até eu ficaria ruborizado em citar.

O Cavalo-de-Pau

Tínhamos algumas tradições nas nossas viagens a Paraty.

Uma delas era o “jump”, que teve origem quando estávamos chegando no camping Jabaquara e o Perrna não viu a lombada (quebra-molas), por estar um “pouco” rápido o carro saltou e tudo o que estava dentro foi jogado contra o teto, inclusive o Vagnão. Uma das cenas mais engraçadas que vi até hoje: o Vagnão colado no teto com a cabeça torta, assim como algumas panelas e uma grelha de churrasco. Depois desse dia, toda vez que passávamos pela tal lombada tínhamos que fazer o jump. A brincadeira acabou quando a estradinha de terra foi regularizada e a lombada virou pó.

A outra tradição era o cavalo-de-pau na entrada do camping. Toda vez que avistávamos o portão, o motorista tinha que seguir todas as normas e procedimentos necessários para fazer o veiculo girar sobre o próprio eixo e alinhar com a entrada do camping. Não exigia nenhuma habilidade especial, já que a estrada era de terra, diminuindo o atrito e facilitava a brincadeira. O carona tinha por obrigação avisar o motorista quando ele deveria iniciar o cavalo-de-pau.

Numa noite qualquer, depois de tomar umas cervejas no Centro histórico voltamos para o camping. O Dirk estava dirigindo, o Perna estava ao seu lado e eu no banco de trás. Todos sabíamos a altura do portão do camping, mas ninguém ali tinha condições técnicas para julgar com precisão a exata localização, o álcool fez nossa tolerância passar de centímetros para dezenas de metros.

Todos já estavam a postos para o procedimento, na minha cabeça o portão ainda estava a alguns metros quando o Velho deu o sinal. O Dirk, obediente como um cordeiro não teve dúvida, executou um dos melhores cavalos-de-pau da nossa história. Perfeito exceto por um pequeno detalhe: os faróis do carro iluminavam a cerca viva do camping. Por alguns instantes imaginamos que o portão poderia estar fechado, mas uma analise mais detalhada revelou o erro. O Perna gritou cedo demais. Ficou aquele clima tosco dentro do carro, o Velho dizendo que não tinha gritado nada e que éramos todos loucos varridos. O Dirk manobrando o carro e xingado o Velho de caduco e esclerosado. Eu rindo sem conseguir emitir opinião.

O Velho tinha errado a entrada por uns vinte metros. Botamos o carro na rua outra vez a surpresa geral, quando chegamos em frente do portão o Perna grita: “Vai Dirk, agora!!!”. Até hoje acho que o Perna gritou por gritar, o carro estava devagar, haviamos perdido o momento, enfim, estava tudo errado. Acho que foi um reflexo afetado pelo álcool, uma coisa non sense, mas a cara dele empolgado, como se nada tivesse acontecido uns minutos atrás foi a melhor....

quarta-feira, 14 de maio de 2008

A explicação do post que não veio

Estava com um post prontinho para soltar.

Mas como a Lei de Murphy, o alinhamento dos Astros, a tábua das Marés e a Mãe Dinah não estavam alinhados e trabalhando a favor da minha sorte adivinhem só... meu computador travou. Na verdade ele não só travou, ele reiniciou e não aceitou meu login e senha. Praticamente me expulsou, deu todos os tipos de erros possíveis, me acusou de alterar a hora, apitava, negava e fechava janelas. Praticamente um ser do mal possuído pelo Coisa-Ruim.

Mas graças ao Pedro e a Ana do TI, o micro foi salvo e ainda tive tempo de tomar dois cafés, ler a revista O Empreiteiro, conversar com o colegas que queriam trabalhar, comer bolachas e ainda ficar fazendo perguntas para o Pedro, na tentativa de descobrir o que causou toda a crise no micro.

Resumindo, o micro travou por causas desconhecidas. Estou acho que à noite quando deixo a mochila na sala de casa, o SKY+ andou conversando com o notebook e o convenceu a aderir na revolução dos eletrônicos da minha casa, liderada pela cafeteira.

Para evitar isso, a partir de hoje a mochila fica no carro.

Pensando bem, meu carro tem muita eletrônica embarcada... vai que o note convence a central do carro a participar da revolução. Meu problema é que não tenho nenhum ambiente da casa onde não existam eletrônicos.... E agora?

segunda-feira, 12 de maio de 2008

A Carona

Pequena explicação. Estava com uma certa resistência em escrever sobre meu irmão neste blog. Cheguei a conclusão que é impossível, praticamente todas as minhas melhores histórias entre os 15 e 30 anos tem a participação dele e do inseparável Juliano. Infelizmente ele foi cobrar do “santo” todos os milhares de goles das mais variadas bebidas, depositados ao longo de 29 anos. Fim da pequena explicação.

Pra variar eu estava em cima da hora para pegar um vôo para Campo Grande – MS. Pra variar estava esperando meu pai chegar com um último documento com firma reconhecida em cartório que eu deveria levar. Pra variar o trânsito em Sampa estava um lixo. Pra variar eu estava ansioso e estressadinho com o horário.

Meu pai chegou com o documento faltando pouco mais de uma hora para o embarque. Isso não seria nenhum grande problema se não fosse por um pequeno detalhe: um dos lugares mais parados da cidade naquela hora era a zona sul de Sampa, principalmente a região do Brooklin, Aeroporto e Santo Amaro. Eu estava no meio do pior lugar, na pior hora.

Já estava ligando na Central de Reservas da empresa aérea pra remarcar o vôo quando meu irmão aparece em casa, depois de doze horas de plantão. Ele traz a solução, me levar de viatura para o aeroporto. Ele garantiu que no máximo em quinze minutos eu estaria no embarque do aeroporto. Dei até risada e apostei que se me deixasse no aeroporto em no máximo vinte minutos eu pagaria um churrasco e bancaria as cervejas quando voltasse da obra. Aposta aceita.

Para o meu desespero profissional, ele ainda foi ao banheiro e tomou água. Para minha alegria pessoal, o prazo da aposta já estava correndo e já via no horizonte o cheiro de churrasco. Voltou calmamente, coloquei minhas coisas no banco de trás da viatura e ele me pediu para colocar no chão... achei sem sentido, mas tudo bem. Sentei do lado dele e recebi as instruções básicas: “Não use o cinto de segurança. Faça cara de quem é possuído pelo demônio. Se algum carro empacar na sua frente peça a preferência “com educação”. Não tenha medo, eu piloto pra caral%@”.

Ele avisou pelo rádio que ia abastecer a viatura, ligou a sirene, o giroflex e saiu feito um doente da nossa casa. Chegamos na avenida Roque Petroni Jr. em tempo recorde e sem nenhum sobressalto. Mas estava cantando vitória cedo demais, passamos no amarelo e um pequeno susto. Chegamos no cruzamento com a av. Santo Amaro rápido e pegamos o farol fechado. O passeio acabou neste instante e o terror total começou. Achei que iria virar sanduíche entre dois ônibus, ou entre um ônibus e um pequeno caminhão, ou entre um pequeno caminhão, um motoboy, uma senhora distraída e uma bicicleta de padaria. Sai vivo e com a certeza que meu coração era mais forte do que pensava.

Seguimos pela Vicente Rao e pensei que ele ia bater a viatura 39 vezes, que ia me machucar em 33 delas e que poderia morrer em 29 oportunidades e formas diferentes. Sabem aquele filme da sua vida que todos dizem assistir nos últimos momentos? Sim amigos, ele existe! No acesso da Vicente Rao para a Washington Luiz foi o momento mais tenso, que teve mais emoção e “filmes”.

Entramos na Washington Luiz e seguimos em direção ao aeroporto. Descobri que a Lei da Física que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo, não se aplica a uma viatura de policia. Até chegar na área de embarque do aeroporto devo ter visto tal “filme” pelo menos mais meia dúzia de vezes. Na rampa de acesso ao aeroporto, ele desligou a sirene e o giroflex, passando a dirigir como um cidadão comum.

Fui descer da viatura e como de costume fui dar um beijo nele. Ele me empurra enquanto diz: “Porra Veio, na viatura não!!!!! Não posso dar carona para pessoas comuns! Se me verem te beijando, vão pensar que meu colega policial é viado ou que estou dando carona. Pega mal”. Dei risada e olhei o relógio: exatos dezessete minutos, teria feito em quinze se não tivesse tirado água do joelho e tomado água da geladeira. Perdi a aposta, ele olhou para o relógio, ficou se vangloriando e disse que o churras ia ser marcado.

Fiz o check in com tempo de folga, e quando estava chegando na sala de embarque recebi um SMS: “Shibas, um beijo. Tarugo”.

domingo, 11 de maio de 2008

Ainda estou vivo

Só que o final de semana foi cheio de compromissos sociais e esportivos.

Sexta foi um dia de cão no trabalho, à noite fomos para o Marrocos ou melhor, para o Agadir um simpático restaurante marroquino na Vila Madalena.

Sabadão acordamos (eu e a Carol) e fomos comprar ingressos para assistir a estréia do Timão na Série B do Brasileirão. Tínhamos combinado de passar na rua Santa Ifigênia, comprar coisas legais e ir fazer um esquenta no Bar do Leo.

Infelizmente os planos forma mudados. Os ingressos comprados no Pacaembu e esquentamos no Bar da Praça, onde fui deliciado com Norteña, lingüiça de cordeiro e outras coisas boas.

Hora do jogo. Antes do inicio teve a cerimônia de re-inauguração do Pacaembu, onde na minha modesta opinião foi feita uma homenagem ao Padre Carli com balões.

Depois do jogo pegamos a estrada em direção à pujante Jacareí, para a convescote de aniversário da Ana. Detalhe da noite: demorei 40 minutos pra achar a casa da Ana naquele ovo de cidade.

Assim que acabar de postar vou deixar a Carol em Sampa e passar o resto do dia com a minha Véinha.

DSC01699 Esquenta com Norteña DSC01710 Balões Perdidos em homenagem ao Padre

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Digite o numero do seu cartão....

Estava a pouco sentado na minha mesa no trabalho. Lembrei que a TAM não havia creditado os pontos do Programa Fidelidade referente aos meus últimos vôos. Resolvi ligar e solicitar o crédito dos pontos.

Aquela velha gravação pediu para teclar o número do meu cartão fidelidade para atendimento personalizado... Teclei, silencio do outro lado da linha e ouço: “Número do Cartão Fidelidade inválido, por favor digite novamente”.

Fiquei meio injuriado, fiz uma checagem mental (número correto!) e voltei a digitar com mais atenção, silencio do outro lado da linha e ouço: “Número do Cartão Fidelidade inválido, por favor digite novamente”.

Fiquei mais injuriado, desliguei o telefone, botei a culpa em alguém que programou o serviço da TAM e soltei um palavrão escatológico ao vento.

Sai da mesa, fui tomar um café e esfriar a cabeça. Nova tentativa de ligação. Nova mensagem pedindo o número do meu Cartão Fidelidade e finalmente descubro o que estava acontecendo. Ao invés de teclar o número no aparelho telefônico eu estava digitando no notebook.

Portanto devo desculpas a quem programou o atendimento da TAM.

DSC01561
Vejam que o telefone o o note estão próximos, facilitanto a confusão.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Chambinho que vale por... uma vaga

Terça-feira, noite do primeiro jogo do Timão pelas quartas-de-final da Copa do Brasil contra um timinho de uma cidade satélite de Sampa.

Saí do escritório da Av. Paulista por volta das 16:30. Consegui chegar no Brooklin e pegar a minha namorada no dentista passando um pouco das 18:00. Partimos direto para o apartamento do meu cunhado, a uns 4 quilômetros do estádio do Morumbi. Depois de agüentar a Carol amaldiçoando a Av. Morumbi e a Zona Sul como um todo, chegamos na casa do meu cunhado lá pelas 19:30, fomos brindados com pizza, Bohemia e um bolo de cenoura com cobertura de Ovomaltine, preparados pela Andrezza.

Jogo nervoso e difícil (comentar tecnicamente não é meu forte). A Carol me chamou a atenção por xingar o juiz e alguns jogadores, dizendo que não adiantava eu gritar porque ninguém ouvia. Sei que o Perdigão e o Acosta deveriam ser abduzidos e estuprados seguidamente por extra-terrestres sado-masoquistas. O Timão ganhou e o bando de loucos ficou feliz.

Saída do estádio tumultuada, não passava nenhum táxi vazio e acabamos voltando a pé. Na subida encontramos com a Mariana e seu amigo do Arkansas Arizona e fomos alimentar a gula no Bar do Juarez.

Quando fui estacionar meu carro, fui abordado por um flanelinha que pediu R$ 5,00 para olhar o carro. Até aí nada demais, coisa normal de uma cidade grande como Sampa. O problema é que o flanelinha não sabia que estava lidando com uma pessoa observadora e não escondeu seu vício, denunciado por um pote de Chambinho na mão.

Pra deixar claro para o flanelinha que ele não estava lidando com qualquer um, eu soltei: "Oh Veio, vê se olha direito o carro que eu sei que você vai gastar toda a grana em Chambinho Danoninho". Todos os presentes riram, exceto o amigo da Mariana que não fala português.

UPDATE: Segundo a Mari, troquei o estado e o derivado lácteo. Correções efetuadas.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Por favor não desligue, você é muito importante para nós....

O telefone da minha casa está em mudo já faz uns trinta dias.

Liguei na Embratel - Livre, depois de quase 20 minutos pendurado na linha, me deram o endereço da assistência técnica mais próxima da minha casa. Dois dias depois o técnico disse que o aparelho não tinha nenhum defeito e que eu deveria ligar na Embratel, pois o problema era com eles.

Liguei naquela empresa supra-citada, depois de quase 30 minutos ouvindo musica clássica, minha orelha estava prestes a pegar fogo e a minha paciência estava acabando. Finalmente ouço um barulho só comparável as clarinetas angelicais: aquele PPUUU, antes do atendente falar. Depois de pedir todos os dados já digitados anteriormente, garantiu que em até 12 horas o aparelho estaria funcionando. Passou dois dias e nada.

Liguei naqueles malditos sangue-sugas eletrônicos, depois de uns 20 minutos com um zumbido de música clássica nos ouvidos veio aquela buzina do inferno (PPUUU), o atendente todo solicito me informa que o sistema está fora do ar. A previsão de retorno em até 2 horas.

Liguei a pouco para *@&% da &!@&&, bando de ¨@**, depois de mais uns 15 *&$#@ minutos ouvi aquela @$&!!!! da buzina. A “+!&@& da mocinha me deixou um tempão esperando e ao final me garantiu que em 2 horas o telefone estaria funcionando.

Amanhã, se o aparelho da Embratel ainda estiver numa única peça, informo se voltou a funcionar.

PS: Será que os eletrônicos da minha casa estão se unindo para aprontar alguma? Já é o segundo dia de fúria deles.....

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Plantão do Blog

O Plantão do Blog informa em edição extraordinária: o chuveiro não morreu, ele continua vivo e feliz. A causa dos barulhos e do corte no meu banho foi a falta d'água no prédio. Como o chuveiro em questão é daqueles pressurizados, o sortudo aqui não teve como saber se era falta d'água, pane elétrica ou mecânica.

E antes que alguém me acuse de não verificar nas torneiras, lembrem-se que acabei de fazer a barba na pia, portanto tinha água e portanto na minha cabeça torta era o chuveiro que tinha ido pro vinagre.

A SKY está normalizada e a cafeteira funciona apesar do cheiro de queimada.

Algum Leprechaun de Espirito Zombeteiro, como de costume,  está tirando onda com a minha cara.

Tratamento de Esgoto

Depois de quase uma semana em Belo Horizonte, trabalhando e participando de farras gastro-alcoólicas na capital nacional dos botecos, estava finalmente voltando pra casa.

Cheguei em Confins com quase duas horas de antecedência, fiz o check-in e para minha surpresa o vôo estava no horário. Como não tinha almoçado, resolvi ir comer um lanche e tomar um suco (isso mesmo, vocês não leram errado) enquanto esperava pelo meu vôo. Sentei no restaurante e para meu espanto e revolta, um suco de laranja custava o mesmo que um chopp! Não tive dúvida. Como o objetivo era puramente a hidratação, como as duas bebidas tinham a mesma quantidade de água e como o preço era igual acabei optando pelo obvio.

O tempo passou voando e logo estava na sala de embarque. O vôo saiu no horário, logo estava com um saquinho de amendoim e uma cerveja Sol na minha frente. Chegamos em Guarulhos e o motorista estava a minha espera. Tudo perfeito... nenhuma zica ou contratempo.

Quando cheguei em São José, pedi para ficar na casa de um amigo, pois estavam comemorando a nova casa com um churrasco. Desço do carro carregando mala, mochila, barriga e uma enorme vontade de tomar uma gelada.

Mas antes tinha um compromisso inadiável: um chamado da natureza. Deixei a mala e a mochila na sala do e me dirigi para o banheiro, naquela altura o tal chamado já tinha virado um grito.

Voltei para o churrasco, com uma sensação de consciência leve e solta. Estava jogando conversa fora com o Ricardo (novo morador), falando sobre o potencial da nova casa, que cabia muita gente, que cabia um daqueles freezer de boteco, que cabia uma churrasqueira maior, etc. Nossa conversa foi abruptamente interrompida pelo Gervásio: “Putz Ricardão, você está com um problema enorme de retorno de esgoto no seu banheiro!”. Essa observação foi confirmada por diversos outros colegas que passavam por ali.

O Ricardo olha pra minha cara e afirma que a culpa era minha, que ele usou o banheiro por dias e não teve esse problema, que eu interditei o banheiro, entre outros absurdos. Me dirigi ao cômodo da discórdia e fui verificar se realmente tinha alguma coisa errada. Somente um odor de carniça, um leve toque de leite azedo, uma fragrância de água parada e um sutil bouquet de ovo podre. A parte hidráulica estava intacta.

Ao final do churrasco, não entendi porque ninguém quis me dar carona.

Até hoje o Ricardo afirma que a culpa foi minha. Até hoje eu afirmo que nenhum ser humano normal e vivo pode produzir aquele pesadelo do mundo dos odores.


Bom dia!!!!!!!!!!!!!

Hoje acordei cedo, ainda com os olhos semi-abertos e fui direto pra cozinha ligar a cafeteira. Geralmente ela já fica pronta na noite anterior, com água e pó de café.

Passei na sala e liguei a tv para ouvir as últimas noticias. A SKY estava fora do ar, tive que usar a pouca massa cinzenta que já estava trabalhando aquela hora para tentar sintonizar a tv aberta. Pensei em ligar na SKY e xingar alguém, mas as 6:30 não ia ter sucesso em me fazer entender.

Fui para o banheiro escovar os dentes, tive que voltar na dispensa porque acabou o creme dental. Olhei para tv e ela ainda procurava os canais abertos.

Entrei no box, perto da metade do processo de lavagem o meu chuveiro começa a fazer barulhos, a água fica perto do ponto de ebulição e o fluxo diminui até acabar. Tudo bem, já tinha quase acabado de fazer a limpeza obrigatória e estava começando a fazer a barba. Acabei de fazer a barba na pia, o humor estava cada vez mais distante e difícil de achar.

Fui pro quarto, coloquei a roupa e estava me acalmando, pensando em uma xícara de café.

Vou para cozinha e descubro que havia esquecido de colocar água e pó de café na bendita cafeteira. Um cheiro de queimado sai da parte de baixo. Dirigi alguns palavrões para os azulejos da cozinha e resolvi tomar um copo de Ovomaltine.

Sentei na sala e a tv ainda não tinha sintonizado nada.... Desliguei o conversor da SKY, esperei 10 segundos e cheio de esperanças liguei novamente. “Serviço Indisponível no momento. Favor entrar em contato com a Central SKY. Cód.: 1005”. Tentei sintonizar outra vez a tv aberta, fui verificar o cabo da antena coletiva e adivinhem: ele estava desconectado da tv. Dirigi outros palavrões para a tv, para o coversor e para parede. Pensei em colocar o conversor debaixo do chuveiro, depois bater com a cafeteira nele e por último jogar os três em algum ponto isolado da Dutra no caminho para o trabalho.

Impossível: o chuveiro não sai água, a cafeteira já estava morta e não ia sofrer e o conversor não é meu, ele é comodato da SKY. Sem falar que poderia levar uma multa da Policia Rodoviária por jogar lixo na estrada.

Só agora, quase cinco horas depois de acordar, meu humor está voltando.
Depois conto se a cafeteira e o chuveiro ainda estão vivos.

sábado, 3 de maio de 2008

Simulador do Padre

Pessoas,

Como sou um cara antenado e sabido, presto aqui a minha pequena homenagem ao Padre Voador, não estamos falando do Padre Bartolomeu de Gusmão.

Estamos falando do Padre Adelir "Crazy Balloons" Carli, faça o papel do pontífice e sinta na pele as mesmas emoções que ele teve na sua curta aventura.

Boa sorte e Abraços!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Animal Planet

Todo mundo que conversou comigo por mais de 17 minutos sabe da adoração que tenho por qualquer tipo de bicho.

Não é segredo para ninguém que tenho predileção por gatos. Não escondo que sou apaixonado pela Funny. Ela é uma gata siamesa nascida em agosto de 1991, mora com meus pais, teoricamente se fosse um humano ela teria por volta de 96 anos e já conheceu quatro cidades (Sampa, São José dos Campos, Taubaté e Itu).

Essa Senhora tem história, já teve duas ninhadas, passou por uma quase-falência renal e foi testemunha nada silenciosa dos acontecimentos dos últimos dezessete anos da minha família.

Um dos seus descendentes, o Lennon esteve conosco durante quinze anos. Infelizmente ele não herdou o lado “vaso ruim” da mãe e uma pneumonia cortou o barato dele. Pior que o gato não fumava e tinha uma vida saudável.

Mas voltando a gata... ela também já foi alvo das minhas histórias.

Aqui cabe uma pequena explicação. Ao contrário do que todos falam, gatos são fiéis, gatos se apegam aos donos, gatos são amorosos e gatos não são do mal. A prova vem no final da história. Fim da explicação...

Funny, a Escada e Eu

Em algum dia de 1995, estava sozinho em casa com meu pai. Minha mãe tinha viajado e o meu irmão estava fora.

Meu pai tinha acabado de me dar uma bronca por ter deixado algum prato ou copo (talvez os dois) no meu quarto. Conforme ordenado subi as escadas e a Funny veio atrás de mim. Peguei as coisas, realmente era um prato, talheres e um copo. Empilhei tudo e fui levar para a cozinha. A gata veio junto como sempre, passando entre as minhas pernas. Comecei a descer as escadas tentando equilibrar a louça e me desvencilhar da gata.

Como a coordenação motora não é a minha maior qualidade, me atrapalhei, pisei na Funny. Pra não esmagar a gata, joguei toda a louça pra frente (imaginem a cena!!) e me apoiei no corrimão e na parede oposta. Meu pai achou que eu tivesse caído da escada ou coisa parecida, tamanho foi o barulho e meus palavrões.

A Funny foi direto para cozinha e ficou acuada em um canto, inicialmente achei que fosse susto. Quando cheguei perto vi que tinha feito zubice com a gata, ela estava respirando de forma estranha e alguns minutos depois ela vomitou. Eu e o meu pai vimos que a coisa tinha sido feia e resolvemos levar a gata no veterinário. Primeiro por nos preocuparmos com ela e depois por nos preocuparmos com a reação da minha mãe se alguma coisa errada acontecesse.

A veterinária deu o diagnóstico rapidinho, a gata estava com duas costelas quebradas. Não houve nenhum dano interno, nenhuma hemorragia, nenhum dano. Só as pequenas costelas quebradas. Cerca de um mês depois a gata tava zerada.

A Funny, a Balada e Eu

Alguns anos depois de deixar a Funny com as costelas fora do padrão natural, voltei de alguma balada com a caveira cheia de álcool. Mas naquela noite, como não estava dirigindo avancei o sinal. Me deixaram em casa, resolvi ficar na sala vendo televisão.

Como de costume, a gata veio ver que movimento era aquele, me viu e ficou toda feliz ao meu lado. Fui até a cozinha tomar água na tentativa de cortar os adiantados efeitos do álcool e fazer a sala parar de girar.

Pensei que alguns minutos no sofá poderiam ajudar melhorar o meu estado e estabilizar a sala.

Engano meu, o sofá também estava girando, tanto ou mais que a cozinha ou a sala. Cochilei algum tempo, absorvi mais um pouco da cerveja que estava no meu organismo e o sofá se tornou um dos piores lugares para se estar naquela noite.

Numa última tentativa de estabilizar o conjunto sala-sofá, sentei e esperei algum sinal de melhora. A Funny se irritou com todo o meu movimento (ou do sofá), desceu e ficou no chão me olhando. Do meu ponto de vista bêbado nem pensei no risco eminente que a azarada corria.

Enquanto estava sentado no sofá-carrosel-roda-gigante, uma força começou a nascer no fundo da minha alma. Uma espécie de força libertadora que traz a paz e tranqüilidade aos enfermos. Uma tentativa desesperada do meu corpo em voltar para seu estado pré-balada.

E veio a “redenção”. Infelizmente a “redenção” veio em um fluxo único, sem controle. Tentei ir ao lavabo para o próximo fluxo de “redenção”, a Funny inadvertidamente veio atrás com a maior boa intenção do mundo. A segunda onda de “redenção” foi adiantada quando levantei do sofá e tentei andar sem coordenação motora. E a “redenção” veio na Funny.

Sim meus amigos, podem me denunciar para o Greenpeace, Sociedade Protetora dos Animais, PROCON e outros.

Nem vi o que tinha feito com a gata. Limpei meus rastros de “redenção” da sala e fui para cama. Na manhã seguinte fui acordado pela minha mãe mais brava do que nunca e pelo meu pai atrás dela segurando o riso. Levei uma comida de #@$* por ter bebido, levei outra por ter vomitado na pobre gata.

Neste meio tempo aparece a Funny na porta do meu quarto, ainda molhada pelo banho, vem ao meu lado e se esfrega nas minhas tremulas pernas. Existe amor maior que este?

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quinta-feira, 1 de maio de 2008

Um minuto de futebol

Tenho que confessar que não sou um fã doente por futebol, muito menos um torcedor fanático do Todo Poderoso Timão. Além de simpatizar com times pequenos: Juventus e Bandeirante de Birigui.

Jogos de futebol sempre foram uma ótima desculpa para reunir os amigos numa mesa de bar ou para um churrasco. Mas geralmente quando o assunto ficava sério eu começava a ler o rótulo da garrafa de cerveja ou conversar com outro perdido como eu sobre qualquer coisa.

Mas isso tudo é passado, desde que comecei meu namoro, passei a acompanhar mais de perto o esporte das multidões.

Nada se compara a assistir um jogo no estádio.

Assisti meu primeiro jogo num estádio no século passado, foi um Corinthians e Grêmio no Pacaembu, perdemos. Mas naquela época, o jogo e a torcida não me atraiam, o legal era tomar umas e comer sanduíche de pernil ou churrasquinho grego.

Mas o hoje o foco é outro!!!

Assistir jogos na rua Javari é uma comédia. Estádio pequeno, você fica colado ao campo e consegue falar e/ou ouvir os maiores absurdos dirigidos para os reservas dos adversários do Juve. Um clima familiar e saborear cannolis de um tio que deve ser tão antigo quanto o estádio.

Mas a maior atração de todas nos jogos da rua Javari é almoçar na casa dos pais da Carol. A Mãe dela tem uma mão maravilhosa, só quem já comeu as costelinhas ao molho de mel e shoyo sabe o que estou falando.

Ontem fui assistir o Timão jogar no cercadinho dos bambis. Sem maiores comentários sobre o jogo, um dos melhores dos últimos anos. Mas não existe nada como estar no meio de 50.000 torcedores empurrando o time para frente.

Assistir jogos nos estádios só tem um problema grave: é proibida a venda de cerveja e demais bebidas alcoólicas nas dependências. A não ser que você seja um convidado da sala vip.