quarta-feira, 30 de abril de 2008

Programa de Sábado à noite

Em meados dos anos 90 (acho que deveria ser 96 ou 97) numa noite de sábado, estava saindo de algum supermercado, acompanhado da namorada da época, uma garrafa de vinho espumante, torradas e algum tipo de patê... só coisa fina.

Nem me lembro qual era o mercado, mas dificilmente vou esquecer do resto da história.

Sai do mercado cheio de planos e fomos direto pro Motel Vegas, na Marginal Pinheiros (região de Santo Amaro). Aquele clima de romance no carro só foi quebrado for uma pequena fila na entrada do estabelecimento.

Vamos falar sério, não tem coisa mais tosca que fila pra Motel, principalmente na saída.....
Finalmente chega a nossa vez, escolhemos uma suíte dentro das nossas rendas de universitários e agora nada iria nos impedir de sair dali.

Tirei o pé da embreagem, virei o volante para direita e ouvi um barulho vindo da roda. Mas tinha uma coisa muito estranha: o carro não andava. Repeti todo o processo outra vez e nada! Só um barulho metálico muito estranho e o carro exatamente na mesma posição.
O clima dentro do carro começava a perder o romance e se enchia de perguntas. O clima na fila começava a esquentar e não era pela promessa de romance nos próximos minutos.
Para o total e completo desespero da minha namorada, um segurança chega na minha janela e pergunta se está tudo bem. Eu, com aquela cara de interrogação respondo que o carro não quer andar. Ele empurra o carro até a área de espera para horda de furiosos que se encontrava atrás do meu carro passar.

Imaginem a cena: você num motel com sua namorada constrangida, envergonhada e querendo evaporar daquele carro, com toda a fila de já-não-tão-furiosos clientes do estabelecimento passando ao lado do seu carro e olhando indignados.

Numa desesperada tentativa de recuperar minha auto-estima e a moral com a moça, desci do carro e abro o capô. Como se eu fosse algum mecânico-mágico, por que só assim para resolver um problema desses dentro de um motel e sem nenhuma ferramenta a mão. Como não sou mecânico e muito menos mágico, voltei pra dentro do carro com a moral zerada, a libido assassinada e a noite só começando.

Avisei a moça que o carro não iria mais andar sem um guincho ou um mecânico de plantão e que ambos os casos, seria muito constrangedora a presença dela no motel. Eu iria chamar um táxi e pedir para ele deixa-la em casa. Depois de garantir a integridade física dela, que o taxista não era nenhum Maníaco do Parque, ela concordou em ir embora com a promessa que quando eu cegasse em casa ligaria para ela.

Naquela longínqua época celular era artigo de luxo, acessível somente a poucos mortais. Não precisa nem falar que eu não tinha. Liguei para o meu pai e pedi o telefone da seguradora. Já estava amigo do pessoal da recepção, outro favor, outra ligação e finalmente consegui agendar o guincho.

A seguradora disse que em até 40 intermináveis minutos o guincho chegaria ao local. Obvio que demorou quase o dobro que isso, já tinha ganho um drink de cortesia das mocinhas da recepção quando o guincho finalmente chegou.

Segundo grande mico da noite: tentar colocar um guincho dentro de um motel. Depois de várias tentativas, chegamos a conclusão que motoristas de guinchos não podem ir ao motel com sua ferramenta de trabalho. O segurança e o motorista empurraram o carro pra fora do motel e lá ele foi colocado em cima do guincho.

Levamos o carro até a minha casa e ainda tive que agüentar meu pai tirando sarro da minha cara, no dia seguinte o mecânico veio buscar o carro e deu o diagnóstico: homocinética quebrada.
Pra quem estava sonhando em passar a noite de sábado acompanhado da namorada, acabei junto das recepcionistas do motel, do segurança e do motorista do guincho.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Momento Televisa

Não posso ficar reclamando que sou o cara mais azarado do mundo.
No inicio deste ano tirei a sorte grande, conheci uma pessoa maravilhosa, que está conseguindo mudar muita coisa nessa minha cabeça dura como pedra, que está me mostrando um novo foco para um problema antigo.
Estou feliz e tenho certeza que isso é só o começo de uma longa história.

Mas vamos voltar as histórias toscas que são a tona deste blog. Se continuar assim, daqui a pouco procuram no Google por novela mexicana, folhetim, histórias mela-cueca e acham este blog.

domingo, 27 de abril de 2008

A Saga da Perna - Parte 03

Atendendo a pedidos, vamos à última (assim espero) parte da saga da perna.


Por volta do final de Setembro/2006 as coisas estavam indo razoavelmente bem com a recuperação, exceto pelo inchaço e eventuais dores na tíbia.


Mas como parte da recuperação dependia da minha sorte, tinha que acontecer alguma coisa diferente. Eu dei um mal jeito na perna no meio de setembro (ZICA Nº 11) e pra completar, escorreguei e torci o pé quando fui descer do meu carro na fábrica num dia de chuva (ZICA Nº 12).


Quando escorreguei na fábrica, senti muita dor, suei frio e vi que alguma coisa estava errada. Procurei um Pronto Atendimento Ortopédico em São José, o médico me disse que havia ocorrido uma pequena trinca na minha tíbia. Ganhei cinco dias de licença e me vi obrigado a usar outra vez a tal da Robofoot por 30 dias.



Como a dor não passava, alguns dias depois procurei atendimento em outro lugar e tirei a sorte grande. Conheci o meu atual médico (Frederico Segreto) ele me disse que eu estava desenvolvendo um quadro de pseudoartrose (ZICA Nº 13) e que teria que operar outra vez mais cedo ou mais tarde (MEGA ZICA).


Infelizmente naquela época o trabalho estava uma loucura, viajando a semana inteira para Curitiba. A logística das viagens ficou bem complicada: eu atrapalhado por natureza, as muletas de alumínio e o meu robofoot. Sem falar na mala, notebook e demais tranqueiras.


No inicio de Janeiro de 2007, as coisas não iam nada bem com a perna. E como este que vos escreve é mais teimoso que uma mula empacada, continuei viajando normalmente. Primeiro fui parar em Belém e Tucurui – PA, na seqüência fui para Paulo Afonso – BA, por sinal essa viagem com meu amigo Matheus merece um post à parte.


No dia 24 de Março fui novamente para faca. Dessa vez removeram as placas e parafusos da primeira cirurgia, colocaram outras novas, tiraram um pedaço de osso da minha bacia e enxertaram na tíbia. Ganhei mais 18 pontos na virilha, além dos quase 50 pontos em ambos os lados da perna.


A recuperação foi bem tranqüila. Fiquei um mês na casa dos meus pais em Itu usando tala e trocando os curativos todos os dias. Mais dois meses trabalhando de gesso, sendo que nas duas primeiras semanas passava o dia na minha mesa, saindo só para ir para casa. Quando tirei o gesso fiquei mais 2 meses de muletas, que me acompanharam em algumas viagens e visitas técnicas.


Hoje, depois de mais de 28 meses da primeira cirurgia e 13 da segunda me considero 90% recuperado.


Espero que essa história acabe aqui.... sem nenhuma continuação ou novidades.


PS: para os Leitores supersticiosos: Notem que foram 13 Zicas nos textos..... hehehehehe













20-03-07_2040 Véspera da cirurgia...20-03-07_2041 até parece que....
20-03-07_2043 a minha perna...20-03-07_2101 estava torta.
16-04-07_1111Alguns dias dépois da cirurgia, ainda inchada, porém reta.DSC01521 Isso que foi tirado da minha perna (menos a revista que estava embaixo... rsrsrs).

sábado, 26 de abril de 2008

Explicações

Caros Leitores,
Recebi alguns e-mails pedindo a continuação da Saga da Perna.

Se quiserem saber o final, depositem o que acharem oportuno na conta corrente da ONG Meninos da Perna Esquerda Quebrada da Leopoldo Couto de Magalhães.

Lembrem-se: eu podia estar roubando, eu podia estar matando, mas estou pedindo!!!!
Falando sério... na sexta estava viajando, cheguei quebrado e não postei.

Hoje de manhã fui na rua Javari ver a versão fêmea do Timão jogar contra as meninas do Juventus pela 1ª Divisão do Paulista Feminino... o jogo foi bom, só um grande problema: não vende cerveja no estádio!
Depois fui para Itu almoçar com o Velhinhos, comprar lembranças e tirar fotos no banco da praça (que será públicada no Orkut mais tarde).

Agora vou bebericar com a Primeira Dama....
DSC01465 
A Praça é nossa... rsrsrsrs

quinta-feira, 24 de abril de 2008

A Saga da Perna - Parte 02

Se você chegou até aqui, significa que além de não ser analfabeto, você gostou da história.

Então chega de embromação e vamos ao que interessa.

No caminho para o Hospital Universitário, o Sigueo ligou para o meu Pai e deu a noticia. Neste momento tive um dos raros lampejos de sorte do dia: meu pai estava em São Paulo e ia nos encontrar no Hospital.

Chegamos no hospital e para minha surpresa, fui prontamente e muito bem atendido.

Depois de alguns palavrões consegui avisar a médica que sou alérgico a Ácido Acetil Salicílico e Dipirona Sódica. Recebi uma dose cavalar de alguma coisa injetável.

Fui levado para longe do lado negro da dor pelas mãos macias do remédio.

Mas nem tudo são flores, tive uma reação alérgica e o meu rosto começou a inchar (ZICA Nº 06). Tudo resolvido com outra injeção de anti-alérgico.

Uma enfermeira veio me avisar que eu iria tirar o Raio-X e que receberia de brinde uma dose de anestesia. PERFEITO!!! Seria o fim da dor!!

A médica vem na minha maca e avisa a enfermeira que não vou receber a anestesia porque já tomei o anti-alérgico, os dois juntos poderiam levar a uma parada cardíaca.

Conclusão: o Raio-X deveria ser feito a seco (ZICA Nº 07).

Mas a médica me tranqüilizou: “Não se preocupe que você não vai sentir muita dor, você vai desmaiar rápido”. Não sei se pulava de alegria ou chorava...

Fui para a sala de Raio-X com o Sigueo me acompanhando. Nos primeiros minutos eu suava e gritava e esperava pelo bendito desmaio. Nos próximos minutos eu continuava suando e gritando e esperando pelo tal desmaio. Conclusão, o Raio-X acabou, eu estava esgotado de tanta dor e não desmaiei (ZICA Nº 08).

Entre uma onda de dor e outra, pensei no lado bom da coisa. Eu não iria ter que ficar trabalhando nas festas de fim de ano. Ganharia uns 15 dias de afastamento e retornaria feliz com o meu gesso.

A médica volta com o Raio-X nas mãos. Recebo a noticia que o meu caso era cirúrgico e que ficaria sem pisar no chão por pelo menos 3 meses (ZICA Nº 09). Mas hein, como assim??????

Quando foram fazer a redução da fratura, a médica me avisou que seria novamente a seco, sem anestesia. Novamente disse que eu iria desmaiar e não sentiria nada. Não vou dizer o que aconteceu, tentem adivinhar.... sim amigos (ZICA Nº 10) e a maior dor que senti na vida.

Ela perguntou se eu queria ser transferido para um hospital particular para realizar a cirurgia, já que ali a espera seria de pelo menos 10 dias. Meu pai foi providenciar a transferência para Beneficência Portuguesa.

Chegando no novo hospital, fui direto para a emergência ortopédica, me deram alguma injeção mágica e a dor passou. No inicio da noite estava instalado no quarto que seria meu lar pelos próximos 9 dias. Na manhã seguinte o médico veio no quarto e conformou o diagnóstico da sua colega: cirurgia e 3 meses de gancho.

A cirurgia foi excelente, o inicio da recuperação ocorreu sem nenhum problema. Na fíbula coloquei uma placa e cinco parafusos, na tíbia coloquei uma placa, oito parafusos e quatro pinos. Não tive que colocar gesso. O pior era ficar na cama e totalmente dependente dos outros para tudo.

No meio de Dezembro fui na festa de final de ano da empresa, cujas fotos ilustram o post.

Quebrei a perna no dia 02/12/05, operei no dia 07/12 e voltei a trabalhar no dia 19/03/2006.

Mas a história ainda não acabou...........

O Manco chegando na festa da empresa




















O Manco chehgando na festa da empresa. Ainda bem que não sou um cavalo, porque teria que ser sacrificado.

Imagem 024




















O Manco e o Waldir, uma das testemunhas oculares do acidente.

Imagem 021




















Meu Pai e o Sigueo. Acho que o Sigueo nunca tinha ouvido tantos palavrões.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A Saga da Perna - Parte 01

 

Naquele dia acordei como de costume.

O pequeno apartamento parecia menor ainda, minha cabeça estava gigante, eu estava atrasado pro trabalho... sai correndo e nem olhei pra bagunça deixada para trás.

Estava chovendo, o trânsito parado e eu quase arrependido por ter saído com o Perna na noite anterior.

Passei no hotel em Moema para pegar dois colegas de trabalho (Waldir e Assis) e fomos ainda debaixo de muita chuva, em direção ao escritório na Juscelino Kubitscheck (Zona sul de Sampa pra quem é de fora). Levamos mais uns 40 minutos pra percorrer uns 5 quilômetros.

Manhã normal, tirando o fato da cabeça ainda estar um pouco inchada.

Acabamos de almoçar e tudo parecia querer melhorar. Minha cabeça estava quase boa, a barriga zerada, pronto para encarar a tarde.

Estávamos voltando pela Rua Leopoldo Couto de Magalhães (paralela à JK) quando escorrego, ouço um barulho de galho seco quebrando e caio sentado em cima da minha perna.

Até agora só enchi lingüiça.... a parte boa começa agora...

Quando me dei conta, estava deitado no chão molhado. Meu pé estava quebrado no meio da canela, totalmente fora de esquadro com o resto da perna.

Nos primeiros segundos não senti dor alguma (achei estranho) até tentar me movimentar e sentir a maior dor da minha vida até aquele momento.

A partir deste ponto, a trilha sonora até o final do post é composta por uma seqüência de todos os palavrões já ouvidos pela humanidade, intercalados com a frase: “Ai que dor!” ou “Tá doendo!”.

Juntou aquele monte de gente e no fundo e eu achava engraçadas as expressões de espanto e dó. Estava deitado na calçada e daquele ângulo era bem engraçado.

Como desgraça pouca é bobagem, voltou a chover (ZICA Nº 01).

Alguém colocou uma sombrinha sobre minha cabeça (e a perna? Era ela que estava ruim..... ).

Meus colegas (os mesmos da carona matinal) tentavam ligar para o escritório para avisar o povo. Tentei pegar o meu celular no bolso da calça. Ele estava desligado e só alguns dias depois descobri que ele também havia quebrado, infelizmente no caso dele foi fatal (ZICA Nº 02).

Chegou o povo do escritório. A Raquel me emprestou sua bolsa para colocar na minha cabeça (o melhor travesseiro que já deitei). O Sigueo acalmou o Waldir e o Assis que já estavam nervosos e tentava, sem muito sucesso me acalmar.

O resgate foi chamado e chegou rápido. Mais uma vez os bombeiros mostraram porque são a instituição mais admirada e confiável.

Nessa hora aprendi várias lições práticas:

1. Lembra quando sua mãe pede para não usar cuecas ou meias furadas porque pode ir parar no hospital? Sim, eu estava de meias furadas.

2. Nunca quebre a perna com uma calça nova. Os bombeiros vão cortar e a calça vai pro lixo.

3. Sempre ande com sua carteira. Eu só tinha o Vale Refeição, o crachá e o cartão de acesso á empresa.

Depois da tarefa hercúlea ao me colocarem na viatura, fomos para o hospital.

Os bombeiros perguntam para o Sigueo: “O Luciano tem plano de saúde?”. O sigueo diz que sim e que vai ligar para o RH e perguntar o número do meu convênio.

Por padrão, os bombeiros levam todos para hospitais públicos, exceto quem tem convênio. Como eu não estava documentado fui encaminhando ao Hospital Universitário (ZICA Nº 03).

No percurso, o Sigueo me avisa que o nosso plano de saúde estava bloqueado por problemas no pagamento (ZICA Nº 04). Mas a expressão dele era serena como um Samurai quando disse: “Mas Lu, isso não é problema né? Você ainda tem o seu plano particular...”. Quando respondi que havia cancelado uns 10 dias atrás, até um dos bombeiros deu risada (ZICA Nº 05).

O Sigueo me tranqüilizou dizendo que a empresa pagaria todas as despesas que eu tivesse.

FIM DA 1ª PARTE

terça-feira, 22 de abril de 2008

Saga Carioca

INTRODUÇÃO:

Já estava ha alguns dias na Cidade Maravilhosa trabalhando no contrato de uma hidrelétrica que ganhamos.

PRIMEIRO ATO:

Hotel O.K. – Rua Senador Dantas - Cinelândia

O dia começou mal, ou melhor a noite não terminou bem.

Estava hospedado em um suntuoso quarto, de frente para a entrada do hotel.

A primeira interrupção do meu sono deu-se por volta das 2:00, com a briga de uma “dama da noite” e seu cliente por divergência de pagamento e/ou escopo de fornecimento.

A segunda interrupção do meu cochilo foi lá pelas 4:00, com um caminhão de lixo manobrando abaixo da minha janela. Era uma sinfonia de motor acelerado, aquele aviso de marcha-a-ré (PI... PI... PI...PI) e a caçamba trabalhando.

Por último fui despertado com o inicio de uma reforma em um quarto próximo.

Desci para tomar meu desjejum com aquela cara amassada, olhos fundos e humor matinal afetado. Meus colegas que já estavam no salão me olharam espantados: “Nossa Luciano, que cara é essa? Não dormiu essa noite?”.

Resumindo, todos os meus colegas estavam nos quartos do fundo do hotel e tiveram direito a um sono decente.

mapa

SEGUNDO ATO:

Escritório Central Furnas Centrais Elétricas – Rua Real Grandeza – Botafogo

O dia seria longo, todos os assuntos seriam pesados e exigiam atenção máxima. Como atenção máxima não é uma das minhas maiores qualidades num dia normal, depois de uma noite mal dormida só uma overdose de café pra ajudar.

Nos dias anteriores durantes as reuniões, éramos agraciados em intervalos regulares com um carrinho de café, chá, bolachas e petit-fours.

Naquela manhã senti falta do carrinho.

Perguntei para um colega onde ele havia arrumado aquele delicioso café, fui informado que a máquina ficava no corredor à direita logo atrás de um pilar.

Saio cheio de esperança e volto de cara amarrada: “Porra Everton!! Que brincadeira besta! Não tem máquina nenhuma lá!!!”.

O Everton levanta da mesa e me acompanha até o pilar, enquanto resmunga: “Tá vendo Figura, como você quer discutir o escopo comigo se não acha uma simples máquina de café. Pior que ela é grande pra caramba!”.

Chegamos ao pilar, tinha um espaço vazio e uma tomada. Olhei para o Everton numa mistura de ódio, súplica e dança da vitória. Ele ria – muito.....

Perguntamos para uma secretária onde estava a máquina de café. Ela informou que tinham acabado de levar a máquina para manutenção e que devolveriam amanhã ou depois.

FINALIZAÇÃO

Pequenos sabores

1 – No vôo de ida, o serviço de bordo era cachorro-quente (homenagem da TAM às festas juninas). Ao tirar o meu cachorro da caixa, o pão estava dividido. A minha salsicha, ouPorta guardanapo melhor a salsicha do sanduíche caiu e rolou pelo corredor. Devo ter feito uma cara tão profunda de tristeza que ganhei um novo. Dessa vez comi de lado (o pão) por precaução.

2 – Bar em Copacabana. Fui pegar um daqueles porta-guardanapos-canudos pela chapeleta. A chapeleta desencaixou, fazendo o porta-guardanapos cair na mesa entre uma garrafa de cerveja e um molho de pimenta. Os três foram ao chão.

Walter Mercado o car@$&*

Recebi um e-mail de um leitor que acha que estou exagerando quando digo que sou azarado.

Falou que devo acordar pela manhã e agradecer por mais um dia, pensar que cada minuto será melhor que o último, que devo pensar em coisas boas e falar coisas boas. Com isso vou trazer coisas boas para o meu dia.
Também falou que a cerveja é um tema freqüente dos meus posts... isso eu concordo.

Pelo visto o amigo leitor não me conhece bem.
Acho que esse papo de energia positiva só funciona em circuitos elétricos.
Vamos deixar essa filosofia para os Walter Mercados e Paulo Coelhos da vida.

Na média, tenho mais dias bons do que ruins, dou muito mais risada do que choro, falo palavrão pra car@$&* (ponto negativo), bebo cerveja (vou queimar no mármore do inferno) e sou azarado mesmo!!!!

Vou mostrar mais dois casos que ilustram muito bem a minha teoria.
Depois dessa, peço que o amigo do e-mail me diga se o seu ponto de vista continua o mesmo.

sábado, 19 de abril de 2008

Definição de Globalização

DSC01413

Uma foto de um descendente de Poloneses e Portugueses, tomando uma cerveja Argentina, em um copo de cerveja Alemã, tirada com uma câmera Japonesa, comprada no México com dinheiro Americano.

Provavelmente, o computador que você está vendo esta foto é feito com peças Chinesas, montado em Taiwan, por trabalhadores escravos Indianos. E revendido por um Coreano na feirinha Paraguaia mais próxima.

Erdinger Paraguaia

 

Setembro de 2006.

Assunção – Paraguai

Depois de alguns dias na capital paraguaia fechando uma proposta de reforma de uma usina, havíamos acabado de entregar a proposta e perder a licitação.

Tudo bem, faz parte do jogo.

Pelo menos aproveitamos para conhecer a pujante capital, alguns bares, alguns bons restaurantes e descobrir que todos tem uma coisa em comum: o Rei Roberto Carlos.

Sem exceção, todos os locais visitados estavam tocando os últimos sucessos do Rei, ou algum clip tosco do Rei, ou pior ainda: um bar tinha um cover do Rei Roberto.

Como a abertura da licitação acabou antes do almoço, resolvemos ir numa churrascaria e afogar as magoas no alento de algumas garrafas de Erdinger.

O problema é que inverti a prioridade: me afoguei e não acabei com a fome.

Na verdade foi uma forma de protesto por ser dia sete de setembro e eu trabalhar, afinal no Paraguai não era feriado.

Acho que umas 5 ou 6 garrafas de Erdinger depois, O Andrade (meu chefe) e o Pablo (nosso representante) pediram a famosa saideira e resolvemos ir para o aeroporto debaixo de muita chuva.

Chegando no aeroporto, a chuva era tanta que o nosso vôo estava com 2 horas de atraso.

Levando em conta todo meu histórico, o que acham que fiz nessas duas horas?

Mas foram só duas garrafas de Brahma...

Finalmente nos chamaram para o embarque. Continuava chovendo muito e mesmo no solo, o avião balança muito.

O inevitável aconteceu e eu dormi.

Acordei meia hora depois (no meu relógio biológico bêbado) e irritado perguntei ao Andrade: “Porra Cumpadi, esse avião não vai decolar nunca?”.

Ele olha para minha cara amassada rindo e diz: “Dorme mais que já estamos quase chegando em Guarulhos e você já perdeu dois carrinhos de bebidas.”

Sentindo um vazio enorme por dentro, fiquei pensando nestes minutos que perdi na minha vida.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

O Ar Condicionado fez Zubice!



O ar condicionado do cafofo no meu trabalho acabou de ter uma reação no mínimo estranha.
Ele estava trabalhando normalmente em agradáveis 22°C, quando começou a fazer uns barulhos e jogou uma pedrinha de gelo na minha mesa.
Infelizmente não tive tempo de fotografar o gelo porque acabou a bateria da minha máquina (com a objetiva aberta...).
Até o ar condicionado que fica ao meu lado está sendo contaminado pelas minhas zubices.
Estou pensando em mandar um e-mail para a Springer e perguntar se existe registro de outros casos assim. Não vou me espantar se a resposta for negativa....
Sem mais!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

BLOG x BAR

Hoje ouvi que se não postar todo dia vou ficar sem visitas no blog.

Será que meus queridos leitores estão preparados para ler minhas publicações depois de algumas horas no bar? Porque qualquer dia destes vou chegar do buteco e querer postar...

Alguns de vocês já me agraciaram com sua nobre presença em uma mesa, rodeado por cervejas, chopps, torresmo, ovos coloridos, caipirinhas, kibes e algum refrigerante esquecidos.

Agora vocês, que já me viram ficar rosa, que já me viram derrubar coisas (grande novidade), que já me viram quebrar coisas (grande novidade), que já me viram ficar espirrando (grande novidade), que já me viram pedir uma saideira (idem), que já me viram jurar que aquela era última saideira (idem), que me viram dando comida escondida para algum cachorro ou gato de rua (geralmente uma batatinha, resto de porção, etc), que me ouviram falando, falando, falando e não entendendo uma simples palavra porque eu estava falando mais rápido e enrolado que o normal.

Será que o mundo está preparado para isso????

Só o tempo vai dizer!!!!!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Atendendo a pedidos: porquê Zuba?

Este buteco não está aberto nem há 24 horas e já estou sendo cobrado.

Nesse ritmo logo, logo estarei servindo drinks com pequenos guarda-chuvas coloridos e em copos de cristal impecavelmente limpos.

Querem saber porquê do apelido ZUBA.

Vamos lá:

Quando me mudei para São Paulo no longínquo ano de 19871984 (O Editor agradece ao Trulha pela lembrança do ano), vindo diretamente de Campo Grande – MS, fui estudar no Colégio Meninópolis na avenida Morumbi – Brooklin. Por sinal, isso faz tanto tempo que o colégio já foi pro limbo.

De inicio eu era conhecido pela alcunha de Campo Grande, talvez uma homenagem à cidade de origem.

Algum engraçadinho (imagino que o Monteiro ou o Trulha) tentou me chamar pelo meu sobrenome materno de origem polonesa: Dziobezinski. Obviamente sem sucDSC01405 esso.

Com o tempo e a dificuldade na pronuncia desta sopa de consoantes, o sobrenome foi reduzido a Zubizinski. Que por sua vez virou Zubinski. Que depois de algumas variações virou Zuba.

Esse apelido pegou, ficando mais conhecido que o nome que o carrega (um tal de Luciano). Depois de todos esses anos, me acostumei a receber os mais variados convites endereçados ao “Amigo Zuba”. Me acostumei com expressões de surpresa ao saber que meu nome é Luciano.

Meus pais se acostumaram a atender chamadas telefônicas para o Zuba. Os pais dos meus amigos se acostumaram com o Zuba freqüentando suas casas.

Não podia ser diferente

Minha fama de atrapalhado, azarado, estabanado, etc será explicada e justificada com o tempo.
Mas ai vai um aperitivo.
Ontem quando acabei de digitar meu primeiro rascunho, do meu primeiro post, do meu primeiro blog... deu pau no blogger....
Sim meus caros leitores, fui recebido com um aviso gigante de erro.
Eu ia estranhar se fosse diferente!!!
Achei melhor não respeitar o que o aviso disse: "Descreva o que você estava fazendo quando recebeu este erro”.

O que deveria escrever para o suporte?

Prezado Suporte:
Estava sentado entre a cadeira e o teclado, na sala de casa, bebendo água com gás.
No momento vestia uma camiseta vermelha, bermuda cinza e havaianas verdes.
A televisão estava ligada provavelmente no Discovery Channel.
Além de navegar no Blogger estava com o MSN aberto.
Peço desculpa por não dar atenção exclusiva para vocês, será que essa é a causa do erro?
Atenciosamente,
Luciano

terça-feira, 15 de abril de 2008

E no primeiro dia Zuba criou o Blog...

Antes de mais nada gostaria de esclarecer que não sou cantor, tecladista ou forrozeiro.
Definida essa premissa básica, posso explicar o título.
O blog deveria se chamar zubices - termo que será posteriormente explicado - mas devido a ameaças da minha querida namorada , somado ao show no teclado digitando errado o nome saiu.
Bem vindos, peguem uma cadeira e lembrem-se: "Sentou, sorriu, a conta dividiu!"