quarta-feira, 23 de julho de 2008

Casa Nova

Apesar do caminhão de mudanças só encostar amanhã lá em São José dos Campos, as mudanças já começaram há bem mais tempo.

Amanhã, por volta das 19:00 fazem SEIS MESES que começou uma mudança gigante: conheci a CAROL. Mudei, melhorei, apesar de ainda ser estabanado e azarado, mas isso nem ELA pode alterar. Sou mais feliz do que nunca e devo grande parte disso a ELA. começo a tomar decisões e mudar planos futuros por NÓS. Foram meses MARAVILHOSOS e os primeiros de muitos e muitos.

Além de tudo isso, ela também me deu um dominio próprio:

www.estabanado.com.br

A partir de hoje os posts serão feitos por lá. O boteco muda, mas o garçom e a cerveja são os mesmos.

terça-feira, 22 de julho de 2008

O Zíper

“Em 1983, W. Litcomb Judson de Chicago, EUA, patenteou um sistema de fecho que era feito de ganchos e fendas que se agarravam para abrir e fechar. Ainda era um esboço do que conheceríamos mais tarde como zíper. Só em 1913, Gideon Sundback, um sueco trabalhando nos Estados Unidos, desenvolveu as idéias de Judson e produziu um fecho semelhante só que sem os ganchos pontiagudos, usando no lugar "dentes" de metal.” (fonte Wikipédia). Depois dessa breve introdução (no bom sentido, sem maldades), vou dar inicio ao meu post, sobre um dos mais bizarros e quase fatal acidente. Pelo menos ele seria fatal para meus filhos.

Muito antes de conhecer a minha querida Carol, eu estava todo animadinho para uma saída. Estava tudo certo, exceto por um detalhe: eu estava totalmente atrasado. Nessa condição estava mais estabanado que o normal. Como estabanado, tomei o banho mais rápido do planeta, peguei a primeira cueca da minha gaveta, coloquei a calça e fui fechar o zíper. Minha seqüência de zicas começou quando peguei uma cueca velha, daquelas que só servem para dormir, toda desbeiçada, sem elástico, aquela que deveria ficar escondida no fundo da gaveta, aquela que qualquer namorada jogaria fora. A seqüência terminou quando o zíper estava na metade da subida e senti uma dor aguda.

Enquanto a dor se espalhava pelo resto do meu corpo, alguma parte racional tentou ver o estrago. Vi uma cena digna dos piores filmes de terror: uma pequena fração da minha bolsa escrotal (sem a necessidade de links esclarecedores) estava presa em alguns dentes do zíper. Em um movimento de auto-defesa tentei voltar o zíper. A dor beirou o insuportável e desisti da manobra. Cada movimento de perna era acompanhado por uma dor lancinante, me senti amarrado naquelas correntes com bolas de prisão (desculpem o trocadilho).

Lá estava eu, parado ao lado da cama, precisando fazer alguma coisa. Não tinha noção do tamanho do estrago, mas por amor aos meus filhos eu não podia ficar parado. Chamar o resgate não era minha primeira opção, ainda estava no campo das humilhações. Consegui, a custa de mini-passos chegar ao banheiro, nessa hora agradeci pelo tamanho reduzido do apartamento. Peguei uma tesoura e com todo cuidado que só um homem nessa situação pode ter, cortei a calça contornando o zíper. Durante o corte, notei que a minha cueca branca, estava vermelha, indicando a gravidade da situação. Quando o corte acabou, fiquei coberto da cintura para baixo com o tapa-sexo mais bizarro do mundo: um zíper mal cortado e retalhos de cueca. Pelo menos a dor diminuiu.

Procurei uma bermuda com minha única mão livre e com tudo cuidado vesti. Obvio que não deu muito certo e não consegui fechar a bermuda. Peguei uma toalha de rosto e cobri as minhas partes. Sai de casa e só me dei conta de quão ridícula era a cena quando apertei o botão do elevador. Você, querido leitor, já pensou em abrir a porta do elevador e encontrar um cara de bermuda, segurando uma toalha na região pubiana e com cara de dor. Cheguei no meu carro e nunca fiquei tão feliz por ele ser automático, não teria que me mexer para trocar as marchas. Dirigi como uma senhora de 90 anos com seu jogo de cristais no porta-malas do carro. Com muita calma cheguei ao pronto socorro.

Lá fui colocado em uma cadeira de rodas e fui alvo de curiosidade de todos que esperavam atendimento. Depois de entregar a identidade e a carteira do convenio para uma moça (já pensou se esqueço?) fui levado para uma sala reservada. Lá tinha um instrumento de tortura medieval: uma cama com dois suportes para os pés. Com muito jeito eu sentei e fiquei naquela posição humilhante. O médico olhou o estrago e logo me tranqüilizou: eu não havia perdido nada, exceto sangue. Mas teriam que anestesiar para tirar o zíper e fazer assepsia. A idéia de levar uma picada (desculpem por mais este trocadilho) nas jóias da família não era nada agradável. Mas a falta de melhores opções fez aceitar.

Depois de alguns minutos, a paz voltou a reinar nas regiões baixas. Não vi muita coisa porque colocaram um pano azul no meio da cama. Me mostraram os retalhos da calça e da cueca, tentaram elevar minha moral dizendo que isso era mais comum do que imaginava (só esqueceram de dizer que era comum em crianças). E falaram que iam dar os pontos. Opa, alto lá... ninguém me disse sobre essa parte. Mais agulhas? Mais cicatrizes, já não chega as da perna? Falaram que seriam “só” quatro pontos. Que eles iriam cair sozinhos em até sete dias (os pontos, né?).

Depois de toda essa humilhação, de todo esse mico ficaram duas lições valiosas:

1. Calça jeans não combina com cueca velha se você é estabanado. Prefira cuecas novas e/ou calça com botões.

2. Graças a Deus que o tal sueco do primeiro parágrafo aperfeiçoou o zíper. Já imaginou se eles ainda fossem com ganchos e fendas?

Por motivos óbvios este post não está ilustrado.

Tem um Boff olhando por mim

Sim... É exatamente isso que vocês leram.

Deixa eu explicar melhor, para evitar maiores problemas e interpretações maldosas. Eu fechei hoje o sistema de alarme e monitoramento da casa, afinal tenho que proteger o meu maior bem: a torre (maior literalmente). Só que a empresa de monitoramente chama-se Boff.

Fiz a alegria da Carol. Ela soltou frases de efeito como: “Vai ter um Boff te olhando.”, “Monitorado por Boff 24h por dia.”, “Se tiver problemas, liga para o Boff.”, entre outras.

Tirando as piadas prontas da minha namorada, estou pensando nas confusões que vou aprontar com esse alarme monitorado. Esquecer senha, senha de coação, palavra secreta, são tantas opções, nem sei por onde começar. Sem falar que eu e a primeira dama somos distraídos. Sem falar em eventuais chegadas em casa no modo “alegre”. Ainda bem que fiquei alcoolicamente mais comportado.

Isso ainda vai dar muito post.

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Olha o Boff ai, gente!

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Sabesp x Águas de Itu

Eu nunca tive muita sorte com atendimento telefônico eletrônico, já postei sobre um problema que tive com a Embratel e outro que tive com a TAM. Na verdade, com este último a culpa foi minha, porque desta vez digitei os dados no notebook ao invés do aparelho telefônico.

Agora a pouco transferi a conta de luz para o meu nome, cujo maior problema foi soletrar meu sobrenome: D de dado, Z de Zebra, I de índio, O de ovo, B de bola, E de escola, Z de zebra, I de índio, N de navio, S de sapo, K de kibom e I de índio. Mas para o meu espanto, a atendente escreveu certo e tudo foi rápido.

Hora de transferir a conta de água. Acessei o site da Sabesp e penei para achar um 0800, descobri que no Interior devemos ligar para o 195. Liguei, uma gravação começa a falar pausadamente: “Prezado Cliente, seu tempo de espera é de quatro HORAS e vinte e sete MINUTOS.”... Hein???? Calma ai!!! Tudo bem que essas previsões sempre são para erradas, mas assim já é demais. Esperei alguns minutos e fui atendido, descobri tinha que ligar na agência de Itu, cujo telefone eles não tinham e que eu deveria olhar na conta.

Entrei no site outra vez. Roguei praga para o webmaster da Sabesp. Não achei o telefone da agência de Itu. Perguntei para o pessoal da minha sala, se alguém tinha uma conta de água ou o telefone da Sabesp. Todos riram e alguém falou que em Itu não tem Sabesp, tem a Águas de Itu. Depois de todos rirem por eu ficar quase dez minutos falando com a Sabesp, liguei na empresa certa.

Não consegui resolver o problema por telefone, vou ter que ir pessoalmente com cópia do RG, CPF, contrato da casa, certidão de batismo, última conta paga, contagem de glóbulos brancos, extrato bancário, raio-x dos pulmões, carteira de filiação da Gaviões da Fiel, exame de fezes e uma foto 3x4 datada e recente.

Estava bom demais para ser verdade, a praga vai continuar na casa nova.....

Padre Carli é homenageado

Já falei mais de uma vez daquele padre maluco que brincou com balões, Adelir de Carli. Na minha humilde opinião, seu sobrenome deve ser uma homenagem ao Curly, um dos integrantes dos Três Patetas (Larry, Moe & Curly). De bobeiras, esquisitices e afins eu posso falar com propriedade, sem dúvida nenhuma o Padre fez a maior zubice da sua vida.

Existe um site, Darwin Awards, que mostra as mortes mais esquisitas do mundo. Segundo o titulo do site: “Homenageando aqueles que aprimoram a espécie... removendo-se acidentalmente dela!”. Não é que o Padre conseguiu ganhar um premio duplo? O texto dos caras está muito engraçado. Vale a pena perder uns minutos para rir.

Afinal? Cadê o corpo do Padre? Será que ele vai virar mais uma lenda urbana? Já vejo as manchetes nos jornais daqui uns anos: "Padre Carli é visto saindo da balsa Santos-Guarujá", "Piloto afirma que o Padre Carli quase colidiu com a aeronave", "Escoteiros encontrar o Parde Carli em caverna próxima a Paranapiacaba".

Até agora não houve nenhuma confirmação oficial que aquele meio corpo encontrado no litoral fluminense seja do padre. Pensando bem, se for ele mesmo, podemos afirmar que o Padre chegou na metade do seu objetivo, a outra metade do Padre não.

domingo, 20 de julho de 2008

Não sou a Embratel, mas tenho a minha torre

Nas minhas andanças por este mundão, sempre que via torres de celular, torres de rádio, qualquer tipo de torres, ficava pensando como seria ser vizinho destas estruturas. Poderia aprontar um monte, várias possibilidades novas.

Meu sonho foi realizado no último sábado. Peguei as chaves da minha casa nova e para minha surpresa, no corredor lateral tem uma torre de uns quinze metros que é usada como suporte para umas quatro antenas UHF, uma VHF e a antena da internet a rádio. De todas essas antenas, a única que vou usar é a da internet. A demais poderão virar enfeite, já que ontem, antes mesmo de entrar o primeiro móvel na casa eu já tinha sido brindado com a instalação da SKY. Será um sinal de sorte? Nunca tinha visto isso.

Voltando a torre, eu e a Carol já pensamos em várias possibilidades. Segue lista com as melhores:

1. Mastro para bandeiras. Quando o Timão ganhar hastearemos a Bandeira, se ele perder ficara a meio-pau. Podemos colocar bandeiras comemorativas e/ou festivas, divulgando situações especiais para amigos e visitas. Se baixarmos alguma série da Carol (Ugly Betty, Grey’s Anatomy, etc) poderemos hastear uma bandeira pirata.

2. Já temos a estrutura da maior árvore de Natal do bairro. É só subir e decorar com lâmpadas de Natal e um Papai Noel descendo com uma bandeira do Timão em uma mão e uma lata de cerveja na outra (como ele iria se segurar? Será que essa entidade tem imunidade gravitacional?).

3. Uma instalação artística. Essa idéia é da Carol e eu não sei bem como funciona.

4. Decorar com trepadeiras – as plantas.

Para sorte dos vizinhos eu amadureci um pouco nos últimos anos, ou iria arrumar formas de testar o limite elástico da torre, ver se ela se sustenta com um único parafuso, amarrar pipas gigantes ou usar de pára-raios em dias de chuva forte.

Amanhã já tenho internet instalada, só não tenho um computador ou qualquer outro móvel em casa. Planejamento perfeito para um cara que coloca no currículo: Planejamento e Gestão de Obras. Na verdade eu estou certo, SKY e a internet são prioridade número um, acima de geladeira, cama, fogão e demais futilidades.

Aguardem por mais posts sobre a casa nova ao longo da nossa programação normal.
 

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Fachada da casa nova, a minha torre e a escada do instalador da SKY.

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A base da minha torre, será que ela fica de pé se tirar três parafusos???
 

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A minha torre e os seus pinduricalhos.
 
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Mais um detalhe da minha torre. Só para preencher o espaço do post e não ficar esquisito.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Somatória de tranqueiras

É duro crescer e virar “gente”. A partir da próxima quinta estou de casa nova. Finalmente uma casa, com espaço para a futura gata vira-latas e a minha futura Rottweiler, espaço para poder fazer um churrasco improvisado (YEY), espaço para uma mesa, espaço na cozinha, enfim ESPAÇO!!!! Hoje fechei com a empresa que vai trazer minhas coisas de São José dos Campos para Itu. A mocinha me pediu uma lista do que seria transportado, enquanto fazia a tal lista, me peguei viajando na batata e saiu este post... hehehe

Meu “apertamento” na Vila Mariana em Sampa tinha 25m². Uma kitinete muito bem localizada, porém mal cabiam meus problemas da época. O quarto-sala-cozinha era uma coisa só, pelo menos o banheiro tinha porta e eu tinha só uma janela. Quando mudei para São José dos Campos, levei tudo em uma Kombi. Basicamente meus pertences na época eram:

1. Roupas e sapatos;

2. 01 TV de 14”;

3. 01 Caixa (arquivo morto) de papéis;

4. 02 Panelas;

5. 01 Jogo de pratos e talheres;

6. 01 Radio Mp3;

7. 01 Colchão de casal e edredom;

8. 01 Microondas minúsculo;

9. 01 DVD Player;

10. 01 Armário para as louças;

11. 01 Caixa de Ferramentas;

12. 01 Móvel Computador;

Quando cheguei a São José, mudei para outro apartamento, ainda pequeno (43m²). Mas já era um mundo novo. Tinha cozinha e lavanderia com porta e janela, sala com janela, um bom quarto com porta e janela e um banheiro com porta (hehe). Olha só o progresso: duas janelas e duas porta a mais!!!!!! Obviamente, todo este espaço a mais pediu mais móveis e coisa que eu não tinha. Em pouco mais de dois anos que fiquei ali juntei muita coisa:

1. Roupas e Sapatos

2. 01 TV de 14” – a mesma Highlamder;

3. 01 Caixa de Grande de papéis (sim, acumulou muita coisa);

4. Muitas panelas, frigideiras e coisas legais de cozinha (sim, cozinhar ficou legal)

5. ½ jogo de pratos e talheres (muitos foram quebrados);

6. 01 Rádio Mp3 – outro Highlander;

7. 01 Colchão de Casal e o Edredom – sobreviventes;

8. 01 Microondas maior;

9. 01 Gravador de DVD;

10. 01 Armário para louças – inteirão!!!!

11. 03 Caixas de Ferramentas;

12. 01 Móvel para Computador – o mesmo, meia boca;

13. 01 Desktop – still alive

14. 01 Decodificador da SKY;

15. 01 Decodificador SKY+ - na verdade ele não me pertence, é comodato;

16. 01 TV de 29”;

17. Sofá de dois lugares;

18. Geladeira;

19. Fogão;

20. Máquina de lavar;

21. 01 Armário Porta Tudo;

22. E muita, muita, muita miudeza!!!!!!!!

Agora vou ter mais dois quartos, sala maior, cozinha maior, enfim.... muito mais espaço para juntar tranqueiras!!!

Espero que essa seja uma das minhas últimas mudanças. Mas agora a tendenica é acumular mais e mais coisas. Mais tranqueiras e coisas legais que vou juntar. Tranqueiras da cachorra e da gata. Tranqueiras da futura esposa. Talvez na próxima eu tenha que usar um caminhão grande!