Fiquei meio empanzinado depois do almoço maravilhoso no restaurante T’Anta, onde apreciei Corvina Sudada Moche e tomei mais umas Norteñas. Calma, minha memória não é tão boa assim para lembrar do nome do prato, na verdade tirei uma foto do cardápio para um dia tentar repetir essa delicia em casa e arrumar mais um post sobre minhas aventuras culinárias no blog da Carol.
Do restaurante fui rolando até o Museo Larco. Museu privado com o maior acervo de peças em ouro e prata e um dos maiores acervos de peças pré-colombianas do país. Você pode andar por uma ala onde encontra as peças classificadas, restauradas e não expostas. Ainda tem uma ala com as peças em diversos estados de resturação.
Não sou nenhum grande critico das artes, na verdade meu acervo se resume a um quadro pintado pela minha mãe, um índio de cerâmica e um cofre-pinguim do Pinguim. Mas algumas das botellas expostas chamaram a minha atenção, ao ponto de um dia querer ter cópias em casa. Só que depois de passar os olhos por centenas de peças, você acaba perdendo muita coisa. No final estava tudo igual, quase perdendo a graça quando vejo uma placa: Sala Erótica. Como assim? Todo tipo de sacanagem passou pela minha cabeça e fui correndo ver qual delas estava certa.
Nem a parte mais tosca da minha imaginação poderia me preparar para o que estava por vir. Uma ala repleta de botellas representando as mais variadas e loucas praticas sexuais: heteros, homos, zoofilias, necrofilias e outras filias que eu nem pensava existir. O melhor era ouvir umas tias rindo pelos corredores, elas ficavam sem jeito quando eu chegava perto. Me lembrou a remota época que lavava revistas de sacanagem escondidas na perna, muito antes de existir a net. Os incas eram bem tarados, todas as figuras estavam rindo, com os genitais superdimensionados, todas as posições possíveis, e como musica de fundo as tias rindo. Muito.
Fui para o aeroporto, comprei umas garrafas de Pisco (só para recordação) e embarquei. Dormi pesado na primeira parte da viagem e acordo para ver o filme A Procura da Felicidade (era por isso que as tias riam no museu?), reclinei minha poltona, abri uma cerveja e relaxei. Relaxei tanto que não ouvi o áudio do filme. Apertei todos os botões do painel e nada de som (aquela peruana da mala maldita). Como a poltrona ao meu lado estava vazia, coloquei meus fones ali na tentativa de sair daquele mundo silencioso. Deu certo!!! Só que aquele painel só emitia ruídos ocasionais e agudos (culpa da peruana da mala).
Me resignei a imaginar o que o Will Smith falava, o que eram aquelas caixas que ele carregava, nada fazia sentido. Sem legendas e sem áudio o filme ficou a cargo da minha imaginação. Demorei um bom tempo para assistir o filme direito. Quando saiu no pay-per-view da Sky, fiz pipoca e deitei na cama e acho que lá pelo meio, faltou luz no meu apartamento. Espero que tenha sido a última praga daquela peruana. Também espero que as malas dela estejam perdidas em algum galpão na Sibéria.
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