quarta-feira, 9 de julho de 2008

Programa do Peru - Parte 01

Ir para o aeroporto cedo ninguém merece. Ir para o aeroporto pegar vôo internacional na madrugada, só para quem fatiou salame na tábua dos dez mandamentos ou urinou ao pé da cruz.

Ainda meio embriagado pelo sono, uma peruana puxou conversa e começou a reclamar da vida e da sorte dela. Imaginem o meu péssimo humor matinal somado aquelas queixas. Não tão no fundo da minha cabeça, eu desejei que as malas daquela peruana fossem encontradas na Índia ou Burkina Faso, ainda ia pagar um preço caro pelas pragas dirigidas a peruana.

O vôo de ida não teve nenhuma grande novidade, cheguei a Lima e fui direto para o hotel trocar de roupa. Depois dos compromissos da tarde, resolvi passear pelo centro da capital. Recomendo uma passada na igreja e mosteiro de São Francisco, onde fica um antigo cemitério, cujos corredores das catacumbas são decorados com crânios, tíbias, fêmures. De volta a civilização, resolvo comer um churro, o lugar lembra muito aqueles carrinhos do Largo 13 de Maio em São Paulo, com um pequeno detalhe: o tal churro era salgado! Passei por uma loja de confiança e comprei os mais saborosos chocolates importados para saciar a minha carência por doces.

Dia seguinte seria especial, uma rápida visita a Machu Picchu. Sabadão de sol, um rápido vôo até Cusco e de lá outro vôo de helicóptero até as ruínas sagradas. O aeroporto de Cusco deu uma prévia do que estava por vir, uma neblina digna da Interligação Imigrantes-Anchieta. A operadora do passeio informou que provavelmente não poderíamos pousar graças à neblina (maldita praga da maldita peruana da maldita mala perdida). Existia a possibilidade de contar com a sorte, decolar e se o tempo melhorasse, pousar e fazer o passeio. Uma rápida conversa entre o grupo de dez turistas que lembrava uma Torre de Babel (2 brasileiros, 5 alemães, 1 americano e 2 mexicanos) e decidimos prosseguir. Precisa escrever se conheci Machu Picchu?

Voltei para Lima com um bico de elefante. Encontrei um bar e gastei muitos Nuevos Soles em Cusqueñas. O dia seguinte seria o último no Peru, mas as melhores pérolas da viagem ainda estavam por vir.

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