Se você chegou até aqui, significa que além de não ser analfabeto, você gostou da história.
Então chega de embromação e vamos ao que interessa.
No caminho para o Hospital Universitário, o Sigueo ligou para o meu Pai e deu a noticia. Neste momento tive um dos raros lampejos de sorte do dia: meu pai estava em São Paulo e ia nos encontrar no Hospital.
Chegamos no hospital e para minha surpresa, fui prontamente e muito bem atendido.
Depois de alguns palavrões consegui avisar a médica que sou alérgico a Ácido Acetil Salicílico e Dipirona Sódica. Recebi uma dose cavalar de alguma coisa injetável.
Fui levado para longe do lado negro da dor pelas mãos macias do remédio.
Mas nem tudo são flores, tive uma reação alérgica e o meu rosto começou a inchar (ZICA Nº 06). Tudo resolvido com outra injeção de anti-alérgico.
Uma enfermeira veio me avisar que eu iria tirar o Raio-X e que receberia de brinde uma dose de anestesia. PERFEITO!!! Seria o fim da dor!!
A médica vem na minha maca e avisa a enfermeira que não vou receber a anestesia porque já tomei o anti-alérgico, os dois juntos poderiam levar a uma parada cardíaca.
Conclusão: o Raio-X deveria ser feito a seco (ZICA Nº 07).
Mas a médica me tranqüilizou: “Não se preocupe que você não vai sentir muita dor, você vai desmaiar rápido”. Não sei se pulava de alegria ou chorava...
Fui para a sala de Raio-X com o Sigueo me acompanhando. Nos primeiros minutos eu suava e gritava e esperava pelo bendito desmaio. Nos próximos minutos eu continuava suando e gritando e esperando pelo tal desmaio. Conclusão, o Raio-X acabou, eu estava esgotado de tanta dor e não desmaiei (ZICA Nº 08).
Entre uma onda de dor e outra, pensei no lado bom da coisa. Eu não iria ter que ficar trabalhando nas festas de fim de ano. Ganharia uns 15 dias de afastamento e retornaria feliz com o meu gesso.
A médica volta com o Raio-X nas mãos. Recebo a noticia que o meu caso era cirúrgico e que ficaria sem pisar no chão por pelo menos 3 meses (ZICA Nº 09). Mas hein, como assim??????
Quando foram fazer a redução da fratura, a médica me avisou que seria novamente a seco, sem anestesia. Novamente disse que eu iria desmaiar e não sentiria nada. Não vou dizer o que aconteceu, tentem adivinhar.... sim amigos (ZICA Nº 10) e a maior dor que senti na vida.
Ela perguntou se eu queria ser transferido para um hospital particular para realizar a cirurgia, já que ali a espera seria de pelo menos 10 dias. Meu pai foi providenciar a transferência para Beneficência Portuguesa.
Chegando no novo hospital, fui direto para a emergência ortopédica, me deram alguma injeção mágica e a dor passou. No inicio da noite estava instalado no quarto que seria meu lar pelos próximos 9 dias. Na manhã seguinte o médico veio no quarto e conformou o diagnóstico da sua colega: cirurgia e 3 meses de gancho.
A cirurgia foi excelente, o inicio da recuperação ocorreu sem nenhum problema. Na fíbula coloquei uma placa e cinco parafusos, na tíbia coloquei uma placa, oito parafusos e quatro pinos. Não tive que colocar gesso. O pior era ficar na cama e totalmente dependente dos outros para tudo.
No meio de Dezembro fui na festa de final de ano da empresa, cujas fotos ilustram o post.
Quebrei a perna no dia 02/12/05, operei no dia 07/12 e voltei a trabalhar no dia 19/03/2006.
Mas a história ainda não acabou...........
O Manco chehgando na festa da empresa. Ainda bem que não sou um cavalo, porque teria que ser sacrificado.
O Manco e o Waldir, uma das testemunhas oculares do acidente.
Meu Pai e o Sigueo. Acho que o Sigueo nunca tinha ouvido tantos palavrões.
2 comentários:
Lú,
carai. como vc é azarado.
Caraaaaaaca
Esse Dick Vigarista devia mudar de área e ser redator publicitário ou redator de alguma coluna de humor...
PQP Luciano dei muuuuita risada!
Eu fiquei imaginando o Sigueo com toda a calma oriental quando falou que o plano de saúde da empresa tava com problemas aUIhAuihAuiHAuiaH
Fazia tempo que não ria assim
rs
mtu bom...
abrazz falou
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