terça-feira, 22 de abril de 2008

Saga Carioca

INTRODUÇÃO:

Já estava ha alguns dias na Cidade Maravilhosa trabalhando no contrato de uma hidrelétrica que ganhamos.

PRIMEIRO ATO:

Hotel O.K. – Rua Senador Dantas - Cinelândia

O dia começou mal, ou melhor a noite não terminou bem.

Estava hospedado em um suntuoso quarto, de frente para a entrada do hotel.

A primeira interrupção do meu sono deu-se por volta das 2:00, com a briga de uma “dama da noite” e seu cliente por divergência de pagamento e/ou escopo de fornecimento.

A segunda interrupção do meu cochilo foi lá pelas 4:00, com um caminhão de lixo manobrando abaixo da minha janela. Era uma sinfonia de motor acelerado, aquele aviso de marcha-a-ré (PI... PI... PI...PI) e a caçamba trabalhando.

Por último fui despertado com o inicio de uma reforma em um quarto próximo.

Desci para tomar meu desjejum com aquela cara amassada, olhos fundos e humor matinal afetado. Meus colegas que já estavam no salão me olharam espantados: “Nossa Luciano, que cara é essa? Não dormiu essa noite?”.

Resumindo, todos os meus colegas estavam nos quartos do fundo do hotel e tiveram direito a um sono decente.

mapa

SEGUNDO ATO:

Escritório Central Furnas Centrais Elétricas – Rua Real Grandeza – Botafogo

O dia seria longo, todos os assuntos seriam pesados e exigiam atenção máxima. Como atenção máxima não é uma das minhas maiores qualidades num dia normal, depois de uma noite mal dormida só uma overdose de café pra ajudar.

Nos dias anteriores durantes as reuniões, éramos agraciados em intervalos regulares com um carrinho de café, chá, bolachas e petit-fours.

Naquela manhã senti falta do carrinho.

Perguntei para um colega onde ele havia arrumado aquele delicioso café, fui informado que a máquina ficava no corredor à direita logo atrás de um pilar.

Saio cheio de esperança e volto de cara amarrada: “Porra Everton!! Que brincadeira besta! Não tem máquina nenhuma lá!!!”.

O Everton levanta da mesa e me acompanha até o pilar, enquanto resmunga: “Tá vendo Figura, como você quer discutir o escopo comigo se não acha uma simples máquina de café. Pior que ela é grande pra caramba!”.

Chegamos ao pilar, tinha um espaço vazio e uma tomada. Olhei para o Everton numa mistura de ódio, súplica e dança da vitória. Ele ria – muito.....

Perguntamos para uma secretária onde estava a máquina de café. Ela informou que tinham acabado de levar a máquina para manutenção e que devolveriam amanhã ou depois.

FINALIZAÇÃO

Pequenos sabores

1 – No vôo de ida, o serviço de bordo era cachorro-quente (homenagem da TAM às festas juninas). Ao tirar o meu cachorro da caixa, o pão estava dividido. A minha salsicha, ouPorta guardanapo melhor a salsicha do sanduíche caiu e rolou pelo corredor. Devo ter feito uma cara tão profunda de tristeza que ganhei um novo. Dessa vez comi de lado (o pão) por precaução.

2 – Bar em Copacabana. Fui pegar um daqueles porta-guardanapos-canudos pela chapeleta. A chapeleta desencaixou, fazendo o porta-guardanapos cair na mesa entre uma garrafa de cerveja e um molho de pimenta. Os três foram ao chão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que beleza! Passou aqui no Rio e nem avisou?
Desnaturado...

Aproveita e vai se benzer, zicado!

Abquele abraço