O sonho acabou.... já dizia o padeiro ou John Lennon.
Mas valeu pela viagem com a Carol, pelos novos amigos e pra variar pelas histórias.
Na quarta não trabalhei direito, esperei o tempo passar no mesmo ritmo que as pedras andam... Meio dia, encontrei a Carol em Guarulhos e fomos desfrutar dos nossos últimos minutos de conforto na sala VIP da TAM, tomei dois chopps, a Carol beliscou alguns petit fours e uma Coca. Uma repórter da Band nos entrevistou e perguntou sobre ingressos e sobre nossa ida a Recife. Chegamos à sala de embarque e ouvimos nossos nomes sendo chamados no sistema de som, quase perdemos o vôo e dessa vez a culpa seria minha.
Durante o vôo para Salvador, sentamos na frente de duas grandes figuras (Paulinho e Carlão) e passamos o tempo todo falando besteiras e pensando no jogo. Além de nós quatro, deveriam ter mais uns dez Corinthianos, entre eles um operador da Globo, um figura e apresentador do programa Propaganda Futebol Clube (Evandro). Em um vôo normal, é comum ouvir umas poucas latinhas de Sol ou Xingu sendo abertas, naquele dia elas eram maioria, seria um esquenta para o jogo?
Escala em Salvador. Renovamos nossas cervejas. Encontramos com mais Corinthianos e alguns torcedores do Ixpóti. Rumamos para Recife. Em teoria, deveria ganhar mais uma latinha no vôo, mas quando o carrinho chegou na minha poltrona, adivinhem... acabou tudo. Fiz cara de pidão e de choro, tanto que o comissário achou mais uma Xingu perdida (cerveja preta = sinal de vitória do Timão). Nessa etapa, o pessoal estava mais animado, cantamos mais e depois do pouso o copiloto foi ovacionado depois da Comandante Duda avisar que ele era Corinthiano e que tinha feito o pouso.
O aeroporto estava lotado de Corinthianos, mas nenhuma confusão. Pegamos um táxi para o estádio com o Evandro e começamos a nos preocupar com os ingressos. Ligamos para o meu colega (Sena) que estava desembarcando e tinha conseguido os ingressos com um cambista. Deixamos o Evandro no estádio e estávamos a meio caminho do aeroporto para encontrar o Sena quando liguei para o pessoal da Gaviões e recebi a noticia que nossos ingressos estavam garantidos. Mudamos de rumo e fomos felizes para o hotel. Primeiro ponto de destaque da noite, a organização da Gaviões. Saímos do hotel com os ingressos na mão.
Rumamos para o estádio, assistimos o jogo e no inicio do segundo tempo a Carol resolveu sair de perto da Camisa 12 (outra organizada do Corinthians) porque eles davam azar. Deveriam dar azar mesmo. Quando fui descer da arquibancada enrosquei minha coxa em um bumbo e fiz um belo estrago.
Fim do tormento, ou melhor do jogo. Saímos do estádio e fomos pegar um táxi para voltar ao aeroporto. Segundo ponto de destaque da noite, a Polícia de Pernambuco, que escoltou a triste torcida Corinthiana e ficou ao nosso lado o tempo todo. Conseguimos garimpar um táxi e fomos para o aeroporto com o Paulinho e o Carlão. Engraçado que a cidade estava calma, nenhuma grande festa ou comemoração por onde passamos. Eita torcida esquisita.
Chegamos no aeroporto, aquele clima de velório só foi quebrado pelas long necks que o Carlão trouxe e nos presenteou. A Carol se isolou tomada por uma tristeza súbita e justificada. Ficamos bebendo, lamentando, criticando e fazendo devaneios sobre o jogo. O Sena e o Rafael (seu filho) se juntaram ao nosso grupo e continuamos lamentando e bebericando.
Infelizmente nosso vôo para Sampa era as seis da matina, nossa energia acabou, fomos fazer o check in e dormir no chão do aeroporto esperando pela hora de voltar para casa, para os amigos anti-corinthianos e para vida normal.
Empolgado com os ingressos na mão
| Empolgados durante o jogo |
Minha coxa, dois dias depois de colidir com um bumbo da Camisa 12.
| Carol, a mendiga pós-jogo |